São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Nora de FHC é indiciada por fraude bancária
CHICO SANTOS
Ana Lúcia depôs ontem no inquérito da PF que investiga suspeita de fraude na gestão do Nacional. Segundo a assessoria de imprensa da PF, o indiciamento teve base nos artigos 6º e 10º da lei 7.492 (Lei do Colarinho Branco). O artigo 6º trata de prestação de informação falsa sobre instituição financeira, com pena de dois a seis anos. O artigo 10º é referente à colocação de informações falsas em demonstrativo contábil, com pena de um a cinco anos de prisão. Ana Lúcia saiu da PF por uma porta especial, evitando jornalistas. O depoimento estava marcado para 12 de setembro, mas foi antecipado a pedido de seu advogado. Segundo a Folha apurou, Ana Lúcia de Magalhães Pinto negou qualquer participação nas supostas fraudes, alegando não ter atuação direta na gestão do banco. O Nacional teria feito, por quase dez anos, uma contabilidade paralela. Haveria 652 contas "infladas" com empréstimos fictícios para aparentar que o banco ia bem. Ana Lúcia foi vice-presidente do Conselho do Nacional desde 93 até a sua incorporação pelo Unibanco. O seu depoimento foi, segundo a Folha apurou, parecido com os dos seus irmãos, Marcos, Eduardo e Fernando de Magalhães Pinto, todos já indiciados pela PF. Os irmãos disseram que quem mandava no Nacional, para assuntos operacionais, era Arnoldo de Oliveira, contratado em 88 para ser vice-presidente de Operações. Oliveira também já depôs na PF e foi indiciado sob acusação de gestão fraudulenta, a mesma acusação contra Marcos de Magalhães Pinto, que era presidente do Nacional. Os irmãos Eduardo e Fernando foram também foram acusados de gestão temerária. A Folha apurou que a PF fará acareações entre Oliveira e membros da família Magalhães Pinto. Texto Anterior: STF decide que funcionário do BC é servidor público federal Próximo Texto: Ana Lúcia disse ignorar crise Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |