São Paulo, sábado, 31 de agosto de 1996
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Brahma vai deixar time Green em 97

Empresa pode apoiar equipe nova

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

A cervejaria Brahma anunciou oficialmente ontem que deixará de patrocinar a equipe Green ao término da atual temporada da Indy.
O comunicado partiu de Vancouver, no Canadá, onde a categoria realizou os primeiros treinos para a 15ª e penúltima etapa do ano, marcada para domingo (leia texto abaixo).
A empresa alegou dois motivos para encerrar a parceria.
Em primeiro lugar, o time de Barry Green não cumpriu cláusula de performance, prevista em contrato, segundo a qual a equipe deveria chegar a um mínimo de 80 pontos neste campeonato.
Até ontem, a escuderia somava 17 pontos em 14 corridas disputadas. Nem se conseguir os 44 disponíveis até a última prova (dia 8, em Monterrey), atinge a meta exigida pela Brahma.
Depois, a patrocinadora demandou a troca do fornecedor de motores para 97. Como Green não conseguiu se livrar da Ford -Honda e Mercedes já definiram seus "clientes" na próxima temporada-, a firma brasileira decidiu apoiar outro time.
Futuro
O destino dos US$ 8,5 milhões da cervejaria -os quais podem chegar até os US$ 12 milhões- só será conhecido na semana que vem. Está prometido para Monterrey o anúncio da nova equipe da Brahma, com pacote técnico e piloto.
É certo que a idéia de bancar um time com dois carros já está sendo descartada pela empresa.
Se a tendência se confirmar, não será surpresa se a felizarda for a escuderia que Gerald Davis, team manager da Hall, formará sobre a estrutura deixada por Jim Hall.
A equipe terá um único carro, com chassi Reynard, pneus Goodyear e motor Mercedes. Pacote que bate com as pretensões da Brahma.
E Raul Boesel pode até ser mantido como o piloto da cervejaria. A Brahma avalia que ele não foi culpado pelo fracasso deste ano, e sim as quebras do motor da Ford.
Além disso, o piloto deixou de lado uma vaga na equipe de Bobby Rahal e alguns patrocinadores pessoais, como a Duracell, para embarcar no projeto da empresa.
Por isso, a Brahma se comprometeu a, no mínimo, não abandonar Boesel em 97.
Emerson
Circularam ontem por Vancouver rumores de que a Brahma se uniria a Carl Hogan e a Emerson Fittipaldi na Hogan/Penske em 97.
O plano da Brahma para Emerson, porém, é mantê-lo como consultor técnico.
Não quer o brasileiro como chefe de equipe, e muito menos como proprietário de um time, para não haver uma associação de imagem com a fracassada experiência de Fittipaldi na Copersucar, na F-1.

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