São Paulo, segunda-feira, 2 de setembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Trajetória inclui Casa da Moeda

DA ENVIADA ESPECIAL AO RIO

Antes de migrar para São Paulo e se tornar diretor financeiro da Eucatex, em março de 87, Celso Pitta foi diretor administrativo da Casa da Moeda e ocupou vários cargos em empresas do setor naval.
Em 1969, pouco depois de concluir o curso de Ciências Econômicas na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Pitta foi contratado pelo Ipea, onde trabalhou sob a supervisão de Josef Barat.
Sua atuação acabou atraindo a atenção do ex-secretário-geral-adjunto do Ministério do Planejamento Heraldo Costa que, em 73, o indicou para o cargo de economista chefe do bureau de fretes da Sunamam (Superintendência Nacional de Marinha Mercante).
"Eu me lembro do Pitta como um jovem lutador, ambicioso e competente. Levei um grande susto quando soube que saiu candidato à Prefeitura de São Paulo, pois ele nunca me pareceu interessado em política", afirma o almirante Luiz Motta Veiga, que dirigiu o bureau de fretes no período em que Pitta esteve a serviço da Sunamam.
Na verdade, ele teve uma curta passagem pela Sunamam. O mesmo Heraldo Costa acabou requisitando-o, no início de 74, para atuar no grupo de trabalho encarregado de elaborar o 2º Programa Nacional de Construção Naval.
Ainda em 74, Pitta foi contratado como executivo do estaleiro Mauá, onde permaneceu até agosto de 80. O empresário Hélio Paulo Ferraz, presidente da São Bento Participações -holding do grupo que controla o Mauá- não economiza elogios ao se referir a Pitta.
"É um homem afável, educado, equilibrado e muito bem preparado." Segundo Ferraz, quando Pitta deixou o grupo o setor naval estava no auge das encomendas. "Ele saiu antes de a crise eclodir."
Ferraz também se surpreendeu com a candidatura de Pitta: "Ele não gostava de política partidária, só de política econômica e, definitivamente, não gostava de polêmica. Era muito reservado".
Depois de deixar o Mauá, Pitta continuou no setor: foi assessor financeiro da Global Transporte Oceânico, do Rio, de onde saiu para ocupar a diretoria administrativa da Casa da Moeda, em 82.
Nelson Brun, então presidente da Casa da Moeda, diz que decidiu nomear Pitta para o cargo porque era amigo de sua tia, Ercília.
Brun define o atual candidato como metódico e fechado. "É aquele tipo de pessoa que não sabe contar piadas, mas sabe rir delas. Não é um careta", diz ele.

Texto Anterior: Pitta atuou em setor que beneficiou
Próximo Texto: Pitta reclama da imprensa
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.