São Paulo, terça-feira, 3 de setembro de 1996 |
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Adeus anonimato
MARIA ERCILIA
Explica-se: a Internet é muito popular na Finlândia -quem sabe por falta do que fazer dos finlandeses. Foi lá que nasceu o primeiro programa de bate-papo (IRC) na rede. O tal do remailer anônimo de Helsingius era o mais popular de um punhado de serviços desse tipo. Ele removia a identificação das mensagens que passavam por ele. Foi derrubado pelo espantalho da pornografia infantil -estava recebendo ligações que o acusavam de apoiar pedófilos. Spamdex Falando em perigo, uma turma de hackers europeus andou enganando engenhos de busca, como o WebCrawler. Eles usavam um robô chamado Ivana, que copiava as 20 primeiras páginas que resultam de uma busca. A partir das palavras encontradas, criavam uma página que apareceria nos primeiros lugares cada vez que alguém fizesse aquela busca. A vítima caía então numa página barulhenta, cheia de slogans bombásticos. Alguns exemplos de palavras-chaves usadas pelos hackers: Madonna, LSD... e Fassbinder! A piada acabou em julho, mas o resultado pode ser visto no endereço www.etoy.com/underground-tank/hijack.htm. O que eles fizeram foi um aperfeiçoamento de uma técnica amadora usada para aumentar a visibilidade de páginas na Web. Basta repetir ao infinito palavras-chave escondidas no código HTML da página. Para ver um exemplo do uso dessa técnica, apelidada de spamdex, dê uma olhada no código da página de abertura da revista "Swoon" (www.swoon.com). E está ficando bem comum. Há alguns dias a página do Departamento de Justiça norte-americano (www.usdoj.com) sofreu um ataque parecido. Colocaram suásticas e palavrões na abertura -ficou parecendo uma pichação. Na semana passada foi a vez do Moscow Channel (www.moscowchannel.com), uma publicação russa que foi atacada por um suposto grupo chamado Team Najis. No Brasil também houve um ataque semelhante, na Universidade Federal do Ceará, por um grupo que afirmava protestar contra a Embratel. E-mail: netvox@uol.com.br Texto Anterior: Ferreri filma morte do cinema Próximo Texto: Só o "zapping" nos salva da política nacional Índice |
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