São Paulo, sexta-feira, 6 de setembro de 1996 |
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Medidas beneficiam só os estrangeiros Alfonsín diz que povo repudiou mudanças SERGIO TORRES
Para o ex-presidente, que governou o país entre 1983 e 1989, as medidas adotadas por Menem representam a continuidade de uma política econômica que beneficia os estrangeiros. "Elas (as medidas) foram aplaudidas lá fora. Pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), pelos bancos, pelos credores. Não pela população", afirmou Alfonsín durante palestra no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), no centro do Rio. O ex-presidente defendeu a proibição do ingresso, nos países do Mercosul, do que chamou de "capital especulativo". "A união entre os países tem que ser aprofundada", afirmou Alfonsín, crítico da globalização da economia mundial e da "onda neoliberal", à qual se referiu como "neoconservadora". Para Alfonsín, os defensores da globalização econômica "consideram que o mercado tem leis definitivas, como as da física". "Eles acreditam que não é possível nenhum tipo de criação de outras políticas nesse mercado. Que qualquer interferência do Estado nesse mercado é absolutamente negativa", afirmou o ex-presidente. Dirigente do partido de oposição União Cívica Radical, Alfonsín disse ser a favor de que Brasil e Argentina cresçam juntos, "sem reproduzir esquemas internacionais". Ele não quis dizer se disputará a eleição que escolherá, em 1999, o sucessor de Menem. "Considero inconveniente falar de candidaturas. Falta tempo ainda. Me perguntem isso em 1998." Texto Anterior: CGT marca greve para o dia 26 Próximo Texto: Os meios e os fins Índice |
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