São Paulo, sexta-feira, 6 de setembro de 1996
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Bienal é destaque nos EUA

CEM
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A Bienal Internacional de São Paulo é o tema da reportagem de capa da edição julho/agosto da revista "Américas".
A publicação oficial da Organização dos Estados Americanos (OEA), que é editada em Washington, com versões em espanhol e em inglês, diz que "um novo e poderoso eixo cultural está emergindo nas Américas".
Segundo um entrevistado, o sociólogo norte-americano Gregory Ulmer, ele se estende da Flórida até o Brasil.
A matéria "Correntes de arte se cruzam em São Paulo" classifica a Bienal Internacional de São Paulo como um dos três megaeventos de artes plásticas mais importantes do mundo.
Segundo a crítica de arte e curadora dominicana Marianne de Tolentino, a Bienal de São Paulo é o evento mais importante no hemisfério e o segundo no cenário mundial, depois da Bienal de Veneza.
Perfil
A reportagem, de oito páginas, faz um perfil histórico da Bienal.
Desde o início, em que a mostra formava um "tripé cultural paulista" juntamente com o Teatro Brasileiro de Comédia e o estúdio Vera Cruz, até a edição de 1994, passando pela crise da instituição nos anos 70 e pelo ressurgimento no início dos 80.
Bill Hinchberger, o autor da matéria, que ilustrou a primeira página da reportagem com um quadro de sua propriedade, do artista José Perdomo, também fez uma didática retrospectiva "para americano ver" da história da arte moderna brasileira.
Com intimidade, Hinchberger fala da importância dos japoneses Manabu Mabe e Tomie Ohtake, dos fundadores Cândido Portinari e Anita Malfatti, dos "trailblazers" (pioneiros) Hélio Oiticica, Mira Schendel e Lygia Clark, e de contemporâneos como Rosângela Rennó e Paulo Pasta.
A reportagem também é pontuada por depoimentos de artistas como Franz Krajcberg e José Resende, curadores atuais e anteriores e o marchand Marcantonio Vilaça.
O artista plástico goiano Siron Franco, que ilustra a capa da revista com um de seus quadros, conta que, quando tinha 17 anos, enfrentou uma viagem de 900 quilômetros para assistir a sua primeira bienal. "Hoje, todas as crianças de Goiânia vão."
A revista afirma que o intercâmbio cultural proporcionado pelas bienais de arte fez com que muitos artistas brasileiros se destacassem no exterior. Franco é um dos exemplos citados.

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