São Paulo, sexta-feira, 6 de setembro de 1996
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Ieltsin critica ataque americano

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da Rússia, Boris Ieltsin, disse ontem que "apoiava" o comunicado emitido por seu governo que condenou "ações unilaterais" no Iraque.
O governo russo havia dito na quarta-feira que o bombardeio dos EUA era inaceitável e que o ataque era uma resposta "imprópria" às ações do governo de Saddam Hussein contra a minoria curda.
Os russos pediram que todas ações que "ameaçassem a soberania do Iraque" deveriam ser interrompidas.
Em sua entrevista à TV russa, Ieltsin disse que discutiria a crise iraquiana com o chanceler alemão, Helmut Kohl. Os dois deverão se encontrar no sábado, numa casa de campo perto de Moscou.
Lebed
O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Alexander Lebed, também criticou as ações norte-americanas.
"Há um grande senhor do mundo, que cospe em qualquer um e este senhor está se comportando como um macaco em loja de louças", disse Lebed segundo a agência de notícias "Interfax".
Com seu característico cinismo, o ex-general pára-quedista disse também que Bill Clinton tinha tomado a iniciativa de realizar os ataques com o objetivo de fortalecer sua imagem democrática.
"Esta é a essência da democracia: promover ataques aéreos e então juntar jornalistas para aplaudir", disse Lebed.
Desde o final da Guerra do Golfo, a Rússia tem habitualmente tomado posições menos drásticas em relação ao Iraque do que os EUA.
O governo russo também tem procurado fazer com que os norte-americanos e seus aliados ocidentais reduzam as sanções contra os iraquianos.

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