São Paulo, sábado, 7 de setembro de 1996 |
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Governo planeja usar 10% da Amazônia em 'reforma ecológica'
ABNOR GONDIM
Essa é a meta do programa de Reforma Agrária Ecológica, que será lançado neste mês pelos ministros Raul Jungmann (Política Fundiária) e Gustavo Krause (Meio Ambiente). O ministro Jungmann disse que o programa vai utilizar 6 milhões de hectares da região que pertenciam ao Exército e que foram cedidos para reforma agrária. Segundo o programa original, o governo já possui 14 milhões de hectares para criar reservas e assentamentos extrativistas, onde as famílias serão instaladas. Os investimentos previstos são de R$ 250 milhões. Parte deverá ser usado para a compra de áreas de floresta no Pará, Amazonas, Amapá, Maranhão, Rondônia, Tocantins e Mato Grosso. O programa exigirá que os "fazendeiros" não promovam desmatamentos e façam uso racional dos recursos da natureza, como madeira, borracha e frutas. "Com a Reforma Agrária Ecológica, ninguém virá de fora para derrubar a floresta", disse o presidente do conselho dos seringueiros, Atanagildo Matos. Já está acertado que o programa será divulgado em Nova York, na Semana da Amazônia, de 21 a 28 de setembro. O evento é promovido pela Fundação Amanakaá. A primeira reserva extrativista deverá ser criada a 300 km de Belém (PA). Nela, há 1.200 famílias que vivem da pesca em 518 ilhas da hidrelétrica de Tucuruí. Texto Anterior: Juízes determinam retirada de sem-terra em duas cidades Próximo Texto: Decreto vai liberar verba de indenização Índice |
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