São Paulo, sábado, 7 de setembro de 1996
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Grupo usa foto para assaltar banco

DA REPORTAGEM LOCAL

Um grupo de quatro homens entrou em uma agência do Banespa em São Paulo, esperou a chegada dos funcionários, roubou o malote do carro-forte entregue no banco e fugiu com R$ 401,6 mil.
A quadrilha, que teria a chave da porta do banco, ameaçou o supervisor da agência mostrando-lhe fotografias de sua família. Dois dos ladrões vestiam terno e gravata.
O grupo ficou uma hora na agência da rua Celso Garcia, no Parque São Jorge (zona leste). A ação da quadrilha começou por volta das 7h30. Pouco depois, chegaram à agência os dois seguranças.
Eles foram rendidos pelo grupo, que estava armado com submetralhadoras e com pistolas semi-automáticas. Pouco depois, renderam as faxineiras e os funcionários do banco que tinham a chave do cofre de abastecimento dos caixas.
Ao todo, cerca de dez funcionários foram feitos reféns, entre eles o supervisor da agência, Carlos Gomes Barreto, 43. Os ladrões tinham fotografias da família de Barreto.
Elas foram usadas para ameaçá-lo e para forçá-lo a colaborar. "Eles disseram que conheciam a família e a vida particular do gerente", afirmou o delegado Marco Antônio de Campos, do 52º DP.
Durante o roubo, chegou o carro-forte do Banespa que iria deixar dinheiro para a agência. Os ladrões obrigaram os funcionários a ficarem em seus postos, a fim de que os vigilantes do blindado não notassem nada de estranho.
Dois vigilantes do carro-forte entraram na agência com um malote, foram rendidos e desarmados -eles estavam com uma escopeta calibre 12 e um revólver calibre 38.
Fuga
Antes de fugirem, os assaltantes mandaram os reféns ficarem nos fundos da agência. Eles saíram a pé por uma rua perpendicular à avenida Celso Garcia.
Segundo a descrição feita pelos funcionários do banco, eles seriam dois pardos e dois brancos, teriam entre 28 e 38 anos e de 1,65 a 1,80 metro de altura. Dois dos assaltantes vestiam terno e gravata, um outro usava óculos e o último trajava um colete azul.
Um quinto homem pode ter participado do roubo. Ele foi visto por uma funcionária do Banespa no estacionamento da agência.
Hospital
Após a fuga dos ladrões, o supervisor Barreto e duas funcionárias foram levados para um hospital em estado de choque. Segundo a polícia, eles foram medicados e liberados durante a tarde.
O 52º DP e a Delegacia de Roubo a Bancos estão investigando o caso. Eles têm a suspeita de que alguém pode ter fornecido informações sobre o funcionamento da agência para a quadrilha. A polícia classificou o modo de ação dos ladrões de incomum.

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