São Paulo, sábado, 7 de setembro de 1996 |
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Garoto é morto a tiro em Campinas
PATRÍCIA ARICÓ
Rogério vivia nas ruas e estava dormindo com três amigos em um galpão abandonado da Fepasa (Ferrovias Paulistas S/A), quando quatro homens encapuzados chegaram em um Chevette branco. Segundo depoimento de P.P.S., 17, à polícia, ontem, todos acordaram com o barulho do motor do carro e viram os quatro homens armados com revólveres. Ele disse que os homens saíram atirando. "Comecei a correr desesperadamente. Antes de me separar deles, pude ver o Rogério se abaixando para pegar seu chinelo", disse. Segundo o delegado de Homicídios da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Oswaldo Diez Júnior, 27, o crime foi premeditado, porque os quatro sabiam que os menores dormiam no local. "Estou há três anos nesta delegacia e nunca vi um caso parecido. A preocupação é que um crime bárbaro como este se torne rotina na cidade", disse. Para o delegado, o ferimento de Rogério tem características de ter sido feito por um revólver de alto calibre. O IML (Instituto de Medicina Legal) deve divulgar um laudo dentro de 15 dias. P.P.S. disse que eles dormiam todas as noites no galpão da Fepasa. De acordo com ele, sua primeira reação foi correr para o 1º DP para avisar aos policiais. Na manhã de ontem, ao voltar ao local do crime, P.P.S. encontrou Rogério e achou que ele estivesse dormindo. Depois de tentar acordá-lo, o menor notou que o amigo estava morto. "Não tínhamos inimigos nem dívidas com ninguém que justificasse o assassinato", disse. P.P.S. disse que, na noite do crime, ele e os amigos haviam fumado maconha e duas pedras de crack cada, como faziam todas as noites. Ele afirmou que trabalha em portas de restaurantes, vigiando carros nas ruas. "O que ganho uso para comprar droga." São Paulo Na zona sul de São Paulo, o menino Herberte Silva Costa, 13, morreu e seu primo Carlos Roberto Silva de Jesus, 15, ficou gravemente ferido anteontem à noite. Eles foram atingidos por tiros em frente a sua casa, na favela Livieiro. O delegado Carlos Laert de Souza, do 26º DP (Sacomã), não conseguiu ouvir nenhuma testemunha. Os jovens foram levados para o PS do Taboão. Costa chegou ao local já sem vida, e o primo teve que ser removido para o hospital de Diadema, onde estava internado em estado grave. Texto Anterior: Primos apanham ao sair do Cabral Próximo Texto: Namorados tentam golpe de R$ 84.600 Índice |
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