São Paulo, sábado, 7 de setembro de 1996 |
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Dança brasileira domina Lyon
ANA FRANCISCA PONZIO
Centro das atenções na cidade, a Bienal de Lyon costuma ocupar teatros e ruas para contar uma história sobre os temas escolhidos por Guy Darmet, o diretor. Desde que foi inaugurada, em 1984, a Bienal já enfocou a dança na França, EUA, Alemanha, Espanha, além de mostrar, em duas edições, o percurso da África ao Harlem, e o nascimento e desenvolvimento da dança moderna. Graças à paixão de Darmet pelo Brasil, o país tornou-se tema deste ano, o que certamente representará uma projeção internacional inédita para a dança brasileira. Com um orçamento de U$ 4 milhões, a Bienal de Lyon costuma atrair cerca de 80 mil espectadores. Na edição de 1994, somou US$ 1,3 milhões em venda de ingressos. Jornalistas e produtores culturais se reúnem em Lyon durante a Bienal, que rende assunto para programas da televisão francesa. Riqueza cultural Em entrevista publicada pela revista "Danser", Darmet declarou: "Esta Bienal mostrará que os artistas brasileiros, a despeito dos problemas que enfrentam, estão criando e fazendo coisas de qualidade. Isto é extraordinário!". "Vamos mostrar a riqueza cultural do Brasil, sua mestiçagem e contrastes. Não podemos comparar o trabalho de dançarinos de maracatu ou cazumba com o dos jovens criadores de São Paulo, que realiza uma das maiores bienais de arte contemporânea do mundo." Na intensa programação que organizou para esta 7ª Bienal, Darmet promove um grande encontro. Realizará desde um desfile de escola de samba, com cem integrantes da Imperatriz Leopoldinense, do Rio, até espetáculos em seu mais refinado teatro, o da Ópera de Lyon, onde se apresentarão grupos como o Corpo e o Stagium. Próximo Texto: Mineiros mostram nova obra Índice |
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