São Paulo, domingo, 8 de setembro de 1996
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Elas se excitam com gravatas

DA REPORTAGEM LOCAL

Gravatas são o maior fetiche dessas mulheres. Elas chegam a pedir que o parceiro mantenha o acessório no pescoço durante o sexo -mesmo depois de tirar o terno.
"Já fiz até sexo oral com a gravata do meu noivo", garante a vendedora Angela Braga, 26. "Beijei e acariciei como se fosse um pênis."
Para Angela, as gravatas são a "alegoria máxima da masculinidade". "Elas têm inclusive um cheiro próprio", diz. "Uma mistura de fumaça de cigarro com bafo de uísque. Eu adoro."
A economista Lia Siqueira, 32, costuma associar a gravata com o desempenho sexual de quem usa.
"Tem gente faz fantasias com o modo como o cara come, ou com o jeito de ele andar", diz. "Eu 'viajo' nas gravatas."
Lia diz que prefere as com estampas de "bichinhos" ou "figuras infantis", como as da marca francesa Hermès, porque despertam nela "idéias perversas".
"Gosto de imaginar coisas sobre esses 'homões' que usam gravatas de cavalinhos", afirma.
"Acho o apelo paternal, incestuoso", completa. "É ao mesmo tempo lúdico e altamente erótico."
Para eventualidades, e mesmo por gosto, Lia coleciona gravatas de muitos modelos. "Tenho das escuras às mais alegres e até com desenhos de sacanagem", diz.

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