São Paulo, quarta-feira, 11 de setembro de 1996
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Polícia faz dois retratos de motociclista

ANDRÉ FONTENELLE
DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia divulgou ontem dois retratos falados do assassino do estudante Wanderley Sivila Cardoso, 23, morto em um cruzamento no bairro do Paraíso (zona sul de São Paulo) na noite de sábado.
O primeiro, feito por computador no 78º DP (Jardins, zona sul), se baseia no testemunho de uma mulher de policial, 39, e de suas duas filhas, 15 e 17 anos.
Ele mostra um homem de aproximadamente 26 anos, 1,80 m, pele branca, olhos castanhos, cabelos castanhos curtos e ondulados e com um cavanhaque ralo.
A testemunha disse que teve "taquicardia" com a semelhança entre o retrato e o assassino. "Ele vai tremer na base", disse no depoimento.
O segundo, desenhado a mão no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, região central), foi feito com ajuda de outra testemunha, um empresário.
Bastante diferente, apresenta um homem "branco bronzeado", cabelos e olhos castanhos, 1,85 m e 28 anos, sem cavanhaque.
A primeira testemunha disse que esperava num carro, com as filhas, que o marido comprasse um doce numa confeitaria próxima à esquina das ruas Doutor Rafael de Barros e Cubatão.
Nesse instante, viu o motociclista deitar a moto, tirar o capacete (branco, com detalhes pretos), caminhar na direção do Escort de Wanderley e atirar. Em seguida, voltou à moto e desceu a rua Cubatão em baixa velocidade.
A acompanhante do assassino, que estava na garupa da moto, foi descrita como uma mulher de pele morena, feições "nordestinas", cabelos compridos e encaracolados, cerca de 1,68 m e 23 anos.
Ela teria dito "Deixa para lá" ao motociclista, quando este deixava a moto para atirar em Sivila.
O relato da segunda testemunha é semelhante, mas os dois diferem em relação a coronhadas que o motociclista teria dado em Sivila. A polícia aguarda laudo do Instituto Médico Legal.
O delegado José Geraldo Camargo considera praticamente certo que o motivo tenha sido uma briga no trânsito. Testemunhas afirmam que Sivila vinha discutindo com o motociclista minutos antes.
Ainda não há certeza quanto à marca da moto do assassino, que era vermelha com listras brancas e não tinha placa. É provável que seja uma marca que imita a norte-americana Harley-Davidson.
O 36º DP (Vila Mariana, zona sul) pede a quem tenha informações que ligue para o telefone 884-1688.

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