São Paulo, quarta-feira, 11 de setembro de 1996
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Chanceler crê em crise breve

DA REDAÇÃO

A ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Emma Mejía, disse ontem em São Paulo que acredita que o Congresso vai conseguir contornar logo a crise gerada pela renúncia de De la Calle.
"Não é uma situação ideal, pois teria sido importante que o vice-presidente tivesse continuado acompanhando o presidente. Mas acredito que esta crise pode ser solucionada logo, tão logo o Congresso nomeie um sucessor", disse.
Ela defendeu o governo de Ernesto Samper, a quem atribuiu um "compromisso social e com a diminuição das diferenças sociais históricas do país".
Mejía veio ao Brasil para encontrar-se com o presidente Fernando Henrique Cardoso e discutir uma ação conjunta contra o narcotráfico com o ministro da Justiça, Nelson Jobim -que inclui troca de prisioneiros, controle sobre produtos químicos e lavagem de dinheiro.
Em São Paulo, ela participou da inauguração oficial de um escritório comercial de seu país. A chanceler voltaria ontem a Bogotá.
Carvão
Um outro projeto discutido no Brasil diz respeito à venda de carvão para o país, que seria transportado por mar da Colômbia a Recife.
Ela se mostrou preocupada com o nível de desemprego no país -está em 11,7% e em ascensão- e disse que o país está no fim de um ciclo econômico, por causa da abertura da economia e das privatizações.
Segundo ela, o governo brasileiro também tem interesse em projetos de importação de petróleo -a Colômbia é um dos três principais produtores da América Latina.

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