São Paulo, sexta-feira, 13 de setembro de 1996 |
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Família se diz arrependida da apresentação
IVAN FINOTTI
"Quando vi Rafael sentado no colo do Caçulinha, fiquei chocado. Ele serviu de cobaia para a guerra da audiência", disse Santos. A apresentação de Rafael provocou mudanças na programação da emissora. O diretor do "Domingão", Carlos Manga, desculpou-se publicamente. Fausto Silva declarou que não gostou de "descambar para o popularesco". Pai biológico de Rafael, Santos o entregou para ser criado por seus vizinhos em 1982. "Pessoas que não me conhecem, como o Sidnei (Cardoso, o responsável por levar Rafael ao 'Domingão'), andam dizendo que eu abandonei a criança. Ele quer se promover politicamente às custas de meu filho", afirma. Cardoso é candidato a vereador (PSB) em Colatina e leva Rafael para conhecer todos os artistas que aparecem na cidade. Segundo ele, a produção do "Domingão" não pagou cachê. "Apenas R$ 100 para despesas e as passagens de avião de Vitória para SP". A mãe adotiva de Rafael, a aposentada Enedina Nardi, 65, disse se sentir agredida com a exploração da imagem do garoto. Medindo 87 centímetros e pesando oito quilos, Rafael tem a síndrome de Seckel. A doença atrapalha o crescimento e deixa a face da pessoa com as características de um pássaro. O menino nasceu em 1981, pesando apenas meio quilo e medindo 18 centímetros. Segundo a professora Sedmar Locatelli, do Jardim da Infância do Colégio Carolina Pícher, Rafael tem a idade mental de 3 anos. Texto Anterior: Globo quer conter excessos de Faustão Próximo Texto: Aracy Balabanian vê 'má-fé' contra 'Sai de Baixo' Índice |
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