São Paulo, domingo, 15 de setembro de 1996 |
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Torneio exibe a menor média dos anos 90
RUBENS LEME DA COSTA
Tendo como base as nove primeiras rodadas de cada Campeonato Brasileiro, o torneio deste ano possui a média mais baixa de torcedores da década. O campeonato deste ano tem 8.662 torcedores por partida. O Corinthians, time que sempre teve média alta de pagantes, tem um público médio de 5.878 pagantes. E pior: o jogo realizado contra a Portuguesa (derrota de 2 a 0), em Araras, teve 949 pessoas, a menor até agora no torneio. Em comparação com campeonatos anteriores, os números são baixos: em 90, 11.732 pagantes foram aos estádios. Em 91 aumentou para 13.409 pessoas, baixando no ano seguinte para 12.601. Em 93 foi registrado a melhor média de pagantes da década: 14.758, contra 11.729 de 94. No ano passado a média baixou para 10.060 pessoas. Uma das explicações para a pouca presença de falta de público seria a carência de estádios, principalmente em São Paulo. O Morumbi e o Pacaembu, principais palcos do futebol paulista, estão parcialmente interditados, devido a problemas estruturais. Isso tem feito com que os clássicos sejam jogados com pequena platéia ou transferidos para o interior, onde nem sempre o público consegue corresponder à expectativa. O futebol "itinerante" poderia ser apontado como outro problema do atual torneio. Atraído por ofertas de cidades do interior do país, muitas vezes o clube prefere ganhar uma cota fixa, do que jogar em seu campo, para seus torcedores. Com isso, o time perde a vantagem do mando da partida, joga em um campo desconhecido, "facilitando" para o adversário, e aumentando a chance de perder pontos, como aconteceu em muitos casos no campeonato passado. Um dos times que mais sofreram com essa fórmula em 1995 foi o Flamengo. A equipe disputou seis jogos nesse sistema, empatando três e perdendo outros três. O time conseguiu apenas 3 dos 18 pontos. Nem disputou a fase final. Texto Anterior: Futebol aumenta audiência Próximo Texto: Coração atormenta promessas africanas Índice |
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