São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 1996
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Empresas vão à Justiça contra Telesp

ELVIRA LOBATO
DA REPORTAGEM LOCAL

As pequenas empreiteiras especializadas em instalação de redes e sistemas telefônicos de São Paulo estão com ações na Justiça Federal pedindo a anulação de 16 editais de concorrência da Telesp.
A disputa judicial das empreiteiras de rede começou em abril. A Justiça Federal chegou a conceder liminares favoráveis à suspensão dos 16 editais, mas 14 foram cassadas pelo Tribunal Regional Federal. Duas concorrências continuam suspensas.
As ações foram impetradas pelo Sindimest (Sindicato da Indústria de Instalação e Manutenção de Redes, Equipamentos e Sistemas de Telecomunicações do Estado de São Paulo), que alega irregularidades nos editais da Telesp.
A briga do sindicato, que representa perto de mil pequenas empreiteiras, é por maior espaço nas milionárias concorrências para expansão da rede telefônica que estão sendo feitas pela Telesp.
A Telesp tem 57 concorrências em andamento para instalação de redes externas e dutos de cabos. O lote de licitações envolve cerca de R$ 300 milhões em contratos.
Desestímulo
O presidente do sindicato, Edwaldo Sarmento, afirma que os primeiros 16 editais não permitiam que as empresas vencedoras subcontratassem as que fossem derrotadas durante a concorrência. "Isso desestimulou a entrada dos pequenos", diz Sarmento.
Além das ações judiciais contra a Telesp, o sindicato começou uma campanha em favor da abertura do mercado brasileiro para maior entrada de indústrias estrangeiras.
A campanha também está relacionada à pressão para que as pequenas empreiteiras de rede tenham uma fatia nos milionários contratos que serão assinados pelas empresas do Sistema Telebrás.
Além das 57 licitações para construção de redes, outras 16 megaconcorrências estão sendo feitas pela Telesp para instalação de 1,2 milhão de linhas convencionais em todo o Estado, que vão gerar mais de R$ 2 bilhões em contratos.

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