São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 1996
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Multimídia chega ao caixa de banco

HEINAR MARACY
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O caixa eletrônico está deixando de ser mero terminal de linha de comando, no estilo "MS-DOS", para se tornar uma verdadeira máquina multimídia.
Um banco que acaba de implantar a remodelação de seus caixas ATM (Automatic Teller Machines) é o Bamerindus.
A instituição contratou uma empresa de design, a LuzCom Multimakers, para cuidar do visual e da comunicação com os usuários nos caixas eletrônicos.
"A grande diferença é que desenvolvemos um produto com o espírito de um veículo de comunicação", diz Alberto Blumenschein, diretor da LuzCom.
"Antes, a apresentação era feita por engenheiros, mais preocupados com fluxos de pacotes de informações do que com a amigabilidade do sistema", diz ele.
Monitora virtual
Para tornar o caixa mais atraente a clientes que não costumam utilizá-lo, a LuzCom criou um personagem que dá dicas sobre o funcionamento do sistema.
"O banco já tinha uma funcionária que fazia esse serviço. Nós simplesmente colocamos a monitora dentro do computador", diz Blumenschein.
Para criar a Monitora Virtual Bamerindus, a LuzCom utilizou fotos digitalizadas de uma modelo. As imagens foram trabalhadas em programas de edição de imagens como o "Fractal Painter 4.0" e o "Adobe Photoshop".
A interatividade das telas produzidas foi programada no "Visio" e adaptada ao software proprietário de automação bancária do Bamerindus.
Até final de outubro, o novo sistema deve estar funcionando em cerca 1.400 caixas em todo o país. Hoje, ele já está implantado em caixas do banco nas regiões Norte, Nordeste e Sul. O projeto custou cerca de R$ 150 mil.
Segundo Lair Fortunato, gerente de marketing do Bamerindus, o objetivo dessa mudança foi tornar os caixas ATM mais amigáveis e ampliar suas funções.
"Geralmente, os caixas são utilizados apenas para saque e extrato. O novo design transformou o caixa em uma ferramenta pró-ativa. A navegação foi alterada, salientando funções como transações entre contas, poupança e depósito", diz Fortunato.
Dinheiro eletrônico
O Bamerindus está lançando também um projeto-piloto para viabilizar micropagamentos pela Internet.
Em associação com a empresa francesa GC Tech, o banco está cadastrando empresas que queiram participar de um ambiente simulado para permitir compra e venda de produtos com segurança pela rede mundial de computadores.
O sistema da GC Tech permite que usuários da rede tenham um porta-moedas virtual capaz de armazenar até R$ 100. Eles poderão então comprar produtos de empresas com páginas na Web e pagá-los com dinheiro eletrônico. O Bamerindus ficará responsável pela transferência do dinheiro real da conta do cliente para a empresa.
Inicialmente, o sistema será oferecido apenas aos clientes do Bamerindus, que pretende discutir sua utilização com outros bancos.

Onde saber mais - LuzCom: 815-3899

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