São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 1996
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Alimentos do mar são a pedida ideal

Restaurantes têm nível médio

JAIME BÓRQUEZ
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em Viña del Mar, as possibilidades de comer peixes e frutos do mar estão por conta dos restaurantes da avenida Borgoño, mais conhecida como a Costanera, por correr ao longo do oceano.
Não existem grandes diferenças entre eles, nem em preço nem em qualidade. Para os dois casos, o justo seria dizer que tudo é médio.
Alguns nomes: El Pacífico, Don Jaime, La Picá de Emeterio ("picá" é o diminutivo de "picada", que quer dizer dica ou dado bom, confiável), El Trocadero, La Perla del Pacífico e El Coral.
Não se pode esquecer o porto de Valparaíso. Quem quiser viver a realidade da sua cozinha típica, tem de ir às "cocinerías". Ficam nas ruas Blanco e San Martín.
Trata-se de um antigo prédio feito de estrutura metálica da época de Eiffel, onde estão velhas cozinheiras que preparam pratos caseiros. El Mesón del Lord ou o El Bar Inglés são boas opções, porém as melhores são o Bote Salvavidas, no cais do porto, e o famoso Turri.
Tradução livre dos produtos do mar: a albacora, tipo de merlim. O "congrio", com espinhas grandes e carne branca. Depois estão os conhecidos, como o salmão, a corvina e a merluza.
É bom explicar que, para quem mora no Pacífico, mariscos não são apenas os mexilhões, mas sim todos os frutos do mar, como a "almeja", um vôngole quatro vezes maior do que o que conhecemos no Atlântico. A "macha", uma espécie de vôngole esticado; o "piure", marisco redondo e macio, rico em iodo. Os "choritos", ou mexilhões, o "ostión", ou vieira. E, entre os crustáceos, a "jaiva", um avantajado siri, a "centolla" e o "picoroco", difícil de explicar, mas fácil de comer.
Em Santiago, as possibilidades de comer peixe e frutos do mar de elaboração mais sofisticada têm endereços certos: os restaurantes. Ali estão o Coco e o Caleta Los Leones, ambos em Providência.
A boa cozinha alemã está no München, a italiana no Grissini, a boa carne no Hereford Grill, tudo concentrado em três quarteirões da avenida Bosque Norte.
No centro de Santiago não há muitas opções, mas as melhores são o Due Torri, o Chez Henry e o Da Carla. Os que querem algo mais turístico devem visitar Los Adobes de Argomedo, que tem cozinha típica e shows folclóricos. O chileno classe média se reúne no El Peyo, um restaurante que não está nos roteiros turísticos tradicionais, mas é unanimidade nacional.
A cozinha é tipicamente chilena, com empanadas, pastel de "choclo", um prato à base de milho, e a "plateada", uma carne de panela. O lugar é três Bs: bom, bonito e barato. Fica na rua Lo Encalada quase esquina com avenida Grécia.

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