São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 1996 |
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Programa de demissão afasta 28.977 servidores em 7 Estados RS dispensou mais; FHC ataca adversários da reforma VIVALDO DE SOUSA
O Rio Grande do Sul fez mais demissões: 11.398. O PDV (Programa de Demissão Voluntária) do Estado é considerado pelo governo federal um exemplo a ser seguido. A meta é demitir 20 mil servidores. O governador gaúcho, Antônio Britto (PMDB), recebeu um empréstimo de R$ 140 milhões da Caixa Econômica Federal para o programa, que pode gerar uma economia anual de R$ 60 milhões. O Rio recebeu R$ 60 milhões da CEF e demitiu 5.832 servidores. O Tesouro já autorizou a CEF a emprestar mais R$ 200 milhões para demissão de mais 17 mil. A demissão de servidores faz parte dos programas de ajuste fiscal fechados pelo governo com 17 Estados, mas que ainda não foram implementados por todos. O objetivo é reduzir o déficit público. O Maranhão demitiu cerca de 5.000 servidores depois de tomar um empréstimo de R$ 39,17 milhões. Também foram demitidos mais 2.600 pelo governo de Pernambuco, que recebeu um empréstimo de R$ 7 milhões da CEF. O levantamento mostra que a Bahia, que recebeu R$ 53,4 milhões da CEF, demitiu 2.500 servidores e obteve economia mensal de R$ 3,9 milhões. O Mato Grosso conseguiu economia de R$ 1,8 milhão por mês com a demissão de 1.024 servidores. No Acre, 623 servidores foram demitidos. Dos Estados pesquisados, só não houve demissões em Minas Gerais -onde o governo quer afastar até 15 mil servidores. O presidente Fernando Henrique Cardoso atacou os adversários da reforma administrativa -"a velharia que ainda domina setores do pensamento brasileiro". FHC discursou na solenidade de lançamento dos projetos estratégicos do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade 1996-1998. Texto Anterior: Servidores recebem salários atrasados Próximo Texto: Corte de verba provoca crise entre governo e Judiciário Índice |
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