São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 1996
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Acusado de enviar bomba é libertado

DA REPORTAGEM LOCAL

O piloto de helicóptero João Elias Colnago Neto, 33, foi libertado ontem à tarde da carceragem do 81º DP, no Belenzinho (zona leste de São Paulo).
Ele é acusado de ter mandado um buquê de flores com uma bomba para a ex-mulher no último dia 5.
Colnago Neto estava em prisão temporária desde o dia 11, dois dias depois de ter sido preso em Manaus (AM).
Ontem, o Tribunal do Júri da Penha negou o pedido de prisão preventiva do piloto por falta de provas.
"Estou conseguindo provar a minha inocência", afirmou Colnago Neto.
Segundo a polícia, Colnago Neto foi reconhecido por duas testemunhas como sendo o homem que mandou entregar o buquê com explosivos na casa da ex-mulher.
"Tenho provas de que não estava em São Paulo no dia 5 de setembro. Essas duas testemunhas não podem ter me reconhecido."
Testemunha
O piloto afirmou que um comandante da empresa Helvétia Táxi Aéreo chegará a São Paulo amanhã para testemunhar a seu favor.
"Ele irá provar que eu estava trabalhando em uma base da Petrobrás em Coari (AM) no dia do atentado."
O piloto negou que as fitas apresentadas por sua ex-mulher à polícia mostrassem ameaças de morte.
"As fitas tinham apenas brigas normais de casal. É preciso que a polícia ouça bem o outro lado da fita para saber toda a verdade", afirmou.
Vítima
A ex-mulher de Colnago Neto, Rita Scupino, que sofreu queimaduras de segundo grau, teve alta anteontem do Hospital do Tatuapé.
Ela está na casa de uma tia em São Bernardo do Campo (região do ABCD).
Além de Rita, três pessoas ficaram feridas no atentado: Leandro Alarcon, atual marido de Rita; Dagmar, mãe de Leandro; e Luam, 2 meses, filho do casal.
Hoje à tarde, Rita deve ser ouvida pelo delegado José Carlos Alves Viegas, do 21º DP (Vila Matilde), que comanda as investigações.
Após ser libertado, Colnago Neto passou por um exame de corpo de delito no IML Leste, em Artur Alvim.
Ele afirmou que ficará em São Paulo até o final do processo. "Minha vida ficou embaralhada depois dessa prisão."

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