São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 1996
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Conheça caso argentino

DENISE CHRISPIM MARIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O programa de ajuste fiscal adotado na Argentina em 1995, logo após a crise mexicana, evidenciou o desastre das contas públicas na maioria de suas 23 Províncias.
Dados da consultoria M.A.M. Broda e Associados mostram que o déficit fiscal total das Províncias chegou a US$ 2,325 bilhões em 95 e se agravou particularmente em 11 delas. Na Província de Buenos Aires, a de maior peso econômico, o saldo negativo nas contas públicas saltou de US$ 110 milhões, em 94, para US$ 335 milhões, em 95.
Os números chegaram a assustar o então ministro da Economia, Domingo Cavallo, e o FMI, que exigiram cortes severos nas despesas provinciais.
Basicamente, Cavallo vinculou o repasse de verbas federais a privatizações. Governadores da oposição se queixaram na época que o repasse seguia critérios políticos. Mas se dobraram às exigências.
O risco do ajuste estava no aumento do desemprego, que atingiu seu patamar mais alto (18,4%) em maio de 95. O serviço público é o maior empregador em boa parte das Províncias argentinas.

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