São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996 |
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Crime põe segurança da USP em xeque
DA REPORTAGEM LOCAL Um morto e três assaltos a mão armada em 25 dias. Os crimes ocorridos dentro da Cidade Universitária da USP, em São Paulo, puseram em cheque o modelo de segurança sem armas adotado no campus.O problema, que culminou na morte do comerciante Domingos da Assunção Carlos, 55, durante um assalto anteontem, já bateu às portas da reitoria, diz a vice-reitora Myriam Krasilchik. Ela disse ter recebido, há poucos dias, uma visita de professores que reivindicavam maior presença da Polícia Militar no campus. O campus da USP é hoje, em tese, uma área "desarmada". O policiamento preventivo, que no restante da cidade é feito pela PM, é substituído por seguranças da própria USP e por uma empresa de segurança -nenhum usa armas. Comerciantes "O assalto é o novo nicho de mercado aqui, porque a segurança não tem armas", diz Angelina Lourenço, 34, concessionária da lanchonete da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis). A lanchonete que ela administra foi assaltada há 25 dias por três homens, que levaram cerca de R$ 2.000. Maria Lúcia Caipe Siberi, 53, concessionária da lanchonete do DCE (Diretório Central dos Estudantes), que foi assaltada na última quarta-feira, tem sua própria solução para o problema: vai contratar segurança própria. O assalto de quarta-feira não foi comunicado à Policia Civil. "Na última vez que fui no 93º DP (Jaguaré), fiquei lá quatro horas." Associações A entrada da PM é rechaçada pelo sindicato dos funcionários e pelo DCE, que representa os alunos. O DCE defende que haja mais seguranças, sem armas. Já o sindicato quer que a segurança seja treinada e equipada com armamento. Próximo Texto: A violência na USP Índice |
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