São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996
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Assessor de Pelé já admite que o passe livre pode ter 'carência'

DA SUCURSAL DO RIO

O Ministério dos Esportes admite aceitar carência para a vigência da nova regulamentação do passe.
A legislação prevê que, a partir de 1º de janeiro de 1997, atletas recebam passe livre aos 26 anos. No fim do contrato, eles terão o direito de se transferir. O limite cai para 25 anos, em 98, e 24, em 99.
"A carência vai depender de análise", disse Hélio Viana, assessor do ministro dos Esportes, Édson Arantes do Nascimento, Pelé.
Viana integra o Indesp (Instituto Nacional de Desenvolvimento do Desporto), que aprovou a resolução -cuja publicação sairá até a terça-feira, no Diário Oficial e que pode ser trocada depois.
O Clube dos 13, associação dos grandes clubes, quer três anos de prazo, o que Viana rejeita. "Impossível esperar até o ano 2000."
A duração de uma eventual carência será definida após duas reuniões: no dia 23, com representantes do sindicato paulista dos jogadores, e no dia 24, com Fábio Koff, presidente do Clube dos 13.
O assessor de Pelé disse que vão ser colocadas salvaguardas para os clubes no caso de transferência para o exterior. Mas ressaltou que, na essência, não haverá mudança.
"Se alguns dirigentes partiram com veemência sobre o Pelé, atleta do século e ministro de Estado, imagina contra outros."
Viana teve três reuniões com Michel Assef, advogado do Flamengo, que quer um ano de carência.
Ambos se encontraram com Pelé, quando ele foi ao Flamengo inaugurar um comitê da candidatura olímpica Rio-2004.
"Estamos de braços abertos para eventuais mudanças", disse Pelé. "Não serei o Tiradentes, que não completou seu trabalho, mas a princesa Isabel."
O ex-jogador Zico, que dá nome à lei regulamentada pelo Indesp, afirmou que só se opõem às mudanças "aqueles que levam comissão na venda de jogadores".

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