São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996 |
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Correm risco de extinção 5 profissões
CARLA ARANHA SCHTRUK
Essas profissões devem acabar ou ter o quadro de profissionais drasticamente diminuído até o ano 2000, segundo consultores de RH (recursos humanos), sindicatos e estudiosos do setor. "O motivo é a informática, que está eliminando a necessidade da mão-de-obra", afirma Dorival Carreira, 46, professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas). No caso dos bancários, os números do Ministério do Trabalho indicam o problema: foram fechadas 158.915 vagas entre 1989 e 1994 (veja quadro abaixo). "É muito", diz Alcinei Cardoso, 31, economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). "Acontece que a informatização das agências está tornando inútil a figura do bancário", explica. A solução, segundo ele, é o profissional se tornar polivalente e entender tanto de cartão de crédito e aplicações quanto de informática. Para digitadores, o melhor é adotar uma nova profissão: auxiliar de informática, que prepara, imprime e envia dados. "O digitador tende a desaparecer. Temos aí os sistemas on line que o tornam inútil", diz Túlio Souza, 45, superintendente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados). Operários de linha de montagem vivem a mesma situação. Na indústria automobilística, no ABCD, estavam empregados 109 mil metalúrgicos em 91. Neste ano, são 102 mil. No ano 2000, serão 83 mil, segundo o Dieese. "Eles terão de ir atrás de qualificação", diz Luiz Marinho, 32, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Tesoureiros e estoquistas, segundo a consultora de RH Elaine Saad, serão desnecessários. "O mercado só vai absorver quem lida com estratégia e negociação." Próximo Texto: Ex-bancária estrela comerciais de TV Índice |
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