São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996 |
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Paraná perde 11 atletas em 1º de janeiro
MÔNICA SANTANNA
"Esse é um cálculo que estamos fazendo num primeiro momento e levando em conta o valor médio de R$ 300 mil", afirmou Buchman. Segundo ele, a partir de 1º de janeiro esses 11 jogadores estarão liberados para fazer o que bem entender e negociar o seu passe com o clube que desejar. Dez estão no elenco do time atual e um está emprestado para outro clube. "Todos estarão liberados ao mesmo tempo", disse. Buchman afirmou que a diretoria do clube não pretende, por enquanto, fazer nenhuma proposta para segurar os oito jogadores, cujo passe pertence ao Paraná. "Vou perder um time inteiro", disse. A estratégia do Paraná, segundo Buchman, é apoiar as medidas que serão tomadas pelos grandes clubes de futebol. "Queremos valer nossos direitos e vamos apoiar as medidas que defendam isso." Para Buchman, a nova lei do passe é inconstitucional e não favorece a nenhum clube. Os clubes grandes querem negociar mudanças para atenuar as medidas. "Ela é extremamente danosa porque não garante mercado de trabalho ao jogador e acaba com a função social do clube, principalmente no interior", afirmou. Buchman disse que em determinados locais e clubes os jogadores precisam ter seu passe preso porque recebem vários benefícios indiretos como pagamento de despesas com aluguel e médico. "Essa lei só vai beneficiar jogador de seleção brasileira." Segundo o presidente do Paraná, o ministro dos Esportes, Pelé, está "dando as costas" para o meio social que o revelou. "Essa proposta, pelo visto, só agrada a ele (Pelé). Vamos conversar com o ministro e o presidente Fernando Henrique para tentar uma solução. Se não tiver, vamos à Justiça arguir a inconstitucionalidade dessa resolução", afirmou Buchman. Texto Anterior: Para 'atrasado', lei ajuda craque Próximo Texto: Alforria forma 'seleção' Índice |
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