São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996 |
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Viola quer coreografia
ALEXANDRE GIMENEZ
"Onde tem o Viola, tem alegria", disse o atacante. Viola afirmou que o Palmeiras vai manter a ponteira do Brasileiro na partida contra o Cruzeiro. "Somos o Palmeiras e somos líderes. Temos que manter a liderança com muita garra." O jogador fez um balanço sobre sua passagem de um ano no Valencia, da Espanha. (AG) * Folha - Você perdeu dinheiro na transferência para o Palmeiras? Viola - Sim. Abri mão da rescisão do meu contrato. Não ganhei os US$ 450 mil que divulgaram por aqui. Tentei negociar, mas eles disseram que eu não tinha direito a isso. Abri mão de tudo para voltar. Sou uma pessoa muito boa e não gosto de confusão. Foi um dinheiro que eu perdi, mas isso não é tudo. Folha - Você ficou frustrado por voltar para o Brasil antes do final de seu contrato com o Valencia? Viola - Não, pois vim para uma grande equipe. Fiz 12 gols na Liga. Estou tranquilo em relação ao meu desempenho. Tive problemas de adaptação na Espanha e fiquei na reserva no primeiro turno do campeonato. No segundo turno, fui titular em todas as partidas. Folha - Que problemas? Viola - Só tinha dificuldade com a alimentação fora da minha casa, na concentração. Lá eu não conseguia comer. A comida não era forte, e eu acabava passando fome. Lá tinha salada, sopa e um prato principal -carne ou peixe com purê de batata. Não tínhamos um lanche da noite. Levava um biscoito e um chocolate para o quarto, escondido do técnico e dos médicos. Pedia uma comida mais forte. Quando o organismo se adaptou, tudo ficou bem. Folha - Você ficou chateado quando soube que queriam contratar o Romário? Viola - Não. Queria que isto acontecesse, já que íamos jogar juntos na frente. Meu treinador disse que não queria que eu saísse. Falei para meus companheiros do Valencia que o Romário é uma boa pessoa. Conheci o Romário na Copa de 94 e ficamos amigos. Conversei com ele em Valencia e dei uns toques para ele se adaptar o mais rápido possível. Folha - Você teve problemas com jogadores do Valencia? Viola - Se você ligar no Valencia e pedir para falar com meus companheiros, você vai ver que não era nada disso. Meu relacionamento com todos era o melhor possível. Folha - Você gostou da cidade? Viola - Valencia é um dos melhores lugares do mundo para se viver. Folha - Você temeu uma reação negativa da torcida do Corinthians com sua transferência para o Palmeiras? Viola - Não. A torcida brasileira tem um carinho impressionante por mim. Todos sabem que eu defendo as cores que visto. Vou demonstrar dentro de campo que eu sou profissional. Texto Anterior: Técnico esconde as peças para o 'jogo de xadrez' Próximo Texto: Espinosa quer cortar 'alimento' de Túlio Índice |
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