São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996
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Paciente teve órgão mordido

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

O doutor Long desenvolveu a técnica a partir do caso de um paciente que, com um ano de idade, teve o pênis arrancado por uma mordida de cachorro. "Com 22 anos, seu órgão sexual media apenas 3 cm", diz o médico.
Segundo Long, a prótese era a única alternativa que ele conhecia. O pai do paciente se ajoelhou diante do médico, disse que o rapaz era seu único filho e que ele precisava ter netos para "continuar a linha da família". A prótese, portanto, não seria a solução.
Impressionado com a cena paterna, o doutor Long convocou uma reunião dos principais cirurgiões plásticos e urologistas de Wuhan. Era agosto de 1984. Ninguém trouxe sugestão.
O doutor Long resolveu então testar a idéia de colocar para fora a parte do pênis que continua dentro do corpo e realizar ainda um trabalho de reconstrução usando pele do paciente.
"Hoje, o meu paciente pioneiro tem um pênis que mede 12,6 cm quando ereto", afirma o médico.
"Ele se casou um ano depois da operação e é pai de uma filha."
Segundo o doutor Long são "relativamente comuns" no interior da China casos de pênis de crianças arrancados por mordidas de cães ou porcos.
"Vocês devem ter o mesmo problema no Brasil, não?", pergunta ele.
No ranking das idades, o médico aponta um bebê de três meses como o paciente mais novo. "Ele tinha um problema congênito."
O mais velho: um homem de 65 anos. "Ele ficou viúvo e queria casar de novo", diz o cirurgião. "Achava que com um pênis maior aumentariam as chances de encontrar uma nova mulher."
(JS)

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