São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996
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Autora quer provocar riso e choro

ELAINE GUERINI
DA REPORTAGEM LOCAL

O público de "Salsa e Merengue", a nova novela das sete da Globo, deve se preparar para o riso e o choro. A autora Maria Carmem Barbosa, 50, está disposta a provocar as duas reações quase ao mesmo tempo.
"Por trás de um bom drama, existe uma boa gargalhada", afirma. Maria Carmem escreve a novela em parceria com Miguel Falabella -o primeiro capítulo vai ao ar no dia 30. "A mistura dá certo porque gostamos do mesmo tipo de humor."
Para substituir "Vira Lata", a dupla optou por uma comédia de costumes a partir de um drama familiar. A história começa quando o poderoso Guilherme (o ator Walmor Chagas) decide procurar a verdadeira família de seu filho Eugênio em busca de um irmão que possa ser doador.
Como Eugênio (Marcelo Antony) está entre a vida e a morte e precisa fazer um enxerto de medula, o pai é obrigado a revelar que o jovem não é filho dele. O verdadeiro herdeiro morreu na maternidade e Guilherme pegou o bebê de uma família pobre.
Combustão
"Isso é o que se pode chamar de combustão. A partir daí, a história explode", diz Maria Carmem. "Nosso objetivo é fazer o telespectador chorar com um olho e rir com o outro."
Maria Carmem e Miguel Falabella trabalham juntos há mais de dez anos. Começaram escrevendo alguns episódios do seriado "Delegacia de Mulheres" e acabaram conquistando espaço no teatro.
Depois da estréia com o espetáculo "O Querido Mundo", vieram "Louro Alto Solteiro Procura", "A Pequena Mártir de Cristo Rei", "Todo Mundo Sabe que Todo Sabe" e, mais recentemente, "Submarino".
Disputa de egos
"Escrevendo peça ou novela, tomamos cuidado para não fazer da nossa parceria uma disputa de egos. Cada um tem de saber qual é o seu lugar", diz a autora.
No caso de "Salsa e Merengue", a dupla costuma dividir as cenas para facilitar o trabalho. "Discutimos as situações e um dos dois escreve a cena. Depois, o outro lê, diz se concorda e juntamos tudo."
Para Maria Carmem, o maior desafio da dupla será manter o interesse do público durante toda a novela. "Mas, se você tem uma boa história nas mãos e sabe como contá-la, deve estar no caminho certo."
A autora prefere não fazer comentários sobre "Vira Lata" -novela de ritmo acelerado, do tipo "ame ou odeie". "Sempre haverá uma próxima novela. Não faz diferença qual delas você substitui."

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