São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996
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Saiba o que muda no novo Civic

Modelo será feito no Brasil

JOSÉ CARLOS CHAVES
EDITOR DE VEÍCULOS

Qualidades e poucos defeitos são o resultado do novo Honda Civic Sedan 96. O carro, que está sendo vendido no Brasil, ainda é importado. Mas isso deve mudar a partir do ano que vem, quando a Honda iniciar a produção do modelo na fábrica em construção em Sumaré (SP).
Concorrendo no segmento dos médios-grandes (como Vectra e Tempra), o Civic oferece alguns atrativos, como o pequeno motor de 1.600 centímetros cúbicos (cc) que gera 127 cavalos (cv) de potência, mais do que os 116 cv do Omega GLS, equipado com um propulsor de 2.200 cc.
Motor VTEC
Isso tudo graças à tecnologia do sistema VTEC, que é um gerenciamento especial das válvulas (que injetam o ar dentro dos pistões).
Ele permite que o motor tenha um desempenho mais manso (e econômico) em baixa rotação e mais esportivo em alto giro -uma espécie de dois motores em um.
Mesmo em condição de trânsito lento, o modelo equipado com câmbio automático responde com agilidade a manobras rápidas. As ultrapassagens na estrada, porém, ainda são um pouco lentas.
Mais espaço
Com a remodelação, o novo Civic também ganhou em espaço interno, principalmente para os passageiros que viajam atrás.
Para acomodar melhor os ocupantes, a carroceria ficou 15 mm mais alta e 55 mm mais longa, em relação à versão 95.
Estabilidade
A suspensão também agrada. Mantém o carro estável, mesmo em curvas de alta velocidade, sem prejudicar o conforto.
O único problema -que deve ser resolvido no modelo que será produzido no Brasil- é que a maciez da suspensão, aliada à frente um pouco baixa, resulta em constantes "raspadas" em lombadas ou saídas de garagens, característica comum em carros importados.
Acabamento pobre do porta-malas, design antigo do painel (que foi reestilizado) e a falta de sinal sonoro para avisar que os faróis estão acesos são as outras pequenas falhas do modelo.
Preço
Mas tudo isso esbarra no preço: US$ 44.387 na versão com câmbio automático, bem mais do que um Vectra CD (R$ 34,6 mil).
Se o consumidor optar pelo modelo com câmbio mecânico, o valor cai para US$ 43.024.
Porém esses preços incluem equipamentos que nos outros carros são pagos à parte. Entre eles: airbag (bolsa que infla em colisões) para motorista e passageiro, freios ABS (não travam as rodas) e teto solar elétrico.
Tem ainda ar-condicionado, piloto automático, toca-fitas, banco traseiro bipartido e pára-choques deformáveis (não amassam em batidas de até 8 km/h) da mesma cor do carro.

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