São Paulo, segunda-feira, 23 de setembro de 1996
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Duailibi quer bom gosto como hábito estético da população

DA REDAÇÃO

"Temos que lutar pela verdade, pela originalidade como instrumentos de melhoria, pelo bom gosto, como hábito estético da população, porque a comunicação de mau gosto pode ter influência negativa na maneira da população enxergar o mundo."
Essa posição foi defendida por Roberto Duailibi, sócio-diretor da agência de publicidade DPZ, durante palestra realizada no último dia 18, no auditório da Folha.
Para Duailibi, o Brasil não é nenhum paraíso, mas tem progredido consideravelmente nos últimos anos.
"O país era realmente rural. Até 1940, 31% da população era urbana, portanto, 69% da população era rural. O isolamento geográfico, gerado por essa condição, conduz ao isolamento cultural. Este cria preconceitos, resistências a mudanças e teimosias", afirmou Duailibi.
"Hoje nós temos 78% da população nas cidades e, se considerarmos o tipo de comunicação que passou a existir, temos apenas 20% no campo. Esse fenômeno aconteceu no período de 1970 até 1993."
Duailibi avalia que em 23 anos o pulo foi significativo. Para ele, o que ocorreu nesse período teve a importância de uma verdadeira revolução.
Segundo Duailibi, o publicitário brasileiro, principalmente o de São Paulo, tem uma ideologia que não é a do consumo como objeto do esforço e nem como fim em si mesmo.
A mola propulsora para esse profissional é a liberdade da comunicação como caminho seguro para atingir a liberdade da melhor escolha para cada pessoa. Esse é o objetivo, de acordo com o publicitário.
Segundo Duailibi, a propaganda que o país deseja não deve conter o exagero, a omissão da verdade, ausência de bom gosto e de originalidade, entre outros.
A conferência de Duailibi faz parte do ciclo "Arena do Marketing", evento quinzenal promovido pela Folha sempre às quartas-feiras.

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