São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 1996
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Paulistas sufocam crises com silêncio

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Nelsinho Batista assumiu ontem o cargo de treinador do Corinthians, adotando um discurso inverso ao de seu antecessor, o demitido Valdyr Espinosa.
Se Espinosa pedia a contratação de um atacante goleador, Nelsinho prefere acreditar que vai encontrá-lo no meio da atual equipe.
"Vou observar os jogadores e posso encontrar um para a função. Só pedirei reforços em último caso", disse.
"Já estão falando que vou tentar trazer o Evair, mas isso não existe. Não conversei com ninguém sobre isso", afirmou ele.
Ao invés do tom crítico seguido por Espinosa, que dizia estar de "saco cheio" com as demoras da diretoria em contratar, o novo treinador afirma que todas essas dificuldades são mais um desafio para sua carreira.
Além das frases para acalmar o ambiente, Nelsinho já decidiu intensificar os treinos e marcou duas práticas para hoje.
A recepção
As soluções de Nelsinho agradaram à diretoria. "Agora temos um técnico competente", disse José Mansur, vice-presidente de futebol do Corinthians.
O atacante Alcindo, que trabalhou com Nelsinho no time japonês do Verdy Kawasaki, ironizou as cobranças da torcida por um atacante "matador", ou seja, de presença na área e boa pontaria.
"Se eles querem um matador, eu vou começar a trazer para os treinamentos uma peixeira."
Iniciou também ontem seu trabalho o preparador Flávio Trevisan, substituindo Rivelino Serpa, filho do ex-técnico. O próximo jogo é contra o Vasco, domingo, no Brasileiro.

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