São Paulo, domingo, 29 de setembro de 1996
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Setor investe no pequeno comprador

DA REPORTAGEM LOCAL

Para atrair pequenos investidores, as incorporadoras estão procurando levar aos imóveis comerciais atrativos semelhantes aos oferecidos nos residenciais.
Nestes últimos, um dos itens que sempre influenciam a escolha do comprador são as condições de pagamento, diferentemente do que ocorria com os comerciais.
Agora, porém, um dos fatores que vêm impedindo a estagnação do setor é justamente a concessão de financiamentos diretos por parte das construtoras, a fim de tapar o buraco deixado pela falência do Sistema Financeiro de Habitação.
No setor comercial, os financiamentos diretos também começam a se tornar mais comuns. Os prazos já chegam a 60 meses.
Uma outra saída para reduzir o risco e convencer o consumidor a comprar um imóvel comercial é garantir que a obra será entregue.
A construtora Mário Dal Maso, por exemplo, firmou seguro para a conclusão do edifício Blue Office Tower, que está sendo construído pelo sistema do preço de custo na Chácara Flora (zona sul de SP).
A Sul América Seguros garante a continuidade da obra mesmo que um ou mais compradores fiquem inadimplentes. O seguro também prevê cobertura de vida e invalidez em favor da família do comprador.
Ou seja, se o comprador sofrer algum acidente que o impeça de continuar pagando, a seguradora garante a quitação do restante de seu financiamento.
Tecnologia
Mesmo com pequeno porte, os novos lançamentos trazem alguns dos recursos tecnológicos que, há algum tempo, eram restritos a edifícios de grandes empresas.
O Faria Lima Premium, da construtora Gustavo Halbreich, por exemplo, terá um sistema de ar-condicionado mantido por uma central de água gelada e um heliporto. Seus escritórios vão ter a partir de 30 m² de área útil.
No MonteRey Office Tower, a construtora Convivência pretende garantir o acesso à Internet para os ocupantes de todas as unidades.

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