São Paulo, quinta-feira, 2 de janeiro de 1997 |
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PT apóia malufista para presidir Câmara
ROGÉRIO GENTILE
O outro candidato do PPB, Brasil Vita (atual presidente), desistiu de concorrer na noite de anteontem ao perceber que não teria chances de vencer a disputa. "Desisti para que não houvesse quebra no partido. É uma homenagem ao PPB e ao prefeito eleito", disse. Rodolpho obteve 46 votos. O único partido que se posicionou em bloco contra o candidato do partido de Maluf foi o PSDB (8 votos). O PSDB pretendia apoiar Brasil Vita. Houve um voto anulado. O PT (10 votos) decidiu apoiar Rodolpho antes mesmo da desistência de Vita. O novo presidente havia prometido que o PT ficaria com a Secretaria Geral da Câmara (segundo cargo mais importante da mesa diretora). O petista Henrique Pacheco vai ocupar o cargo. O líder do PSDB, Roberto Trípoli, protestou contra o acordo. "A inesperada composição do PT com o PPB foi motivo de surpresa e indignação de nossa bancada, uma vez que rompe o compromisso firmado pelo PT de defender o critério de proporcionalidade para preenchimento dos cargos." "Em nome do casamento ideológico entre PT e PSDB, voto em branco", disse Gílson Barreto. "Não vejo sentido nas reclamações do PSDB. O PT emitiu uma nota pública dizendo que apoiaria o candidato que se comprometesse a cumprir alguns pontos, entre eles a proporcionalidade da mesa. Ele concordou, por isso ficamos com a Secretaria Geral", afirmou a vereador Aldaiza Sposati (PT). A vereadora diz que o PSDB não havia tomado nenhuma posição clara quanto à eleição, por isso acabou ficando fora da mesa. "Estávamos dispostos a negociar os cargos com o PSDB. Mas o partido demorou muito para se decidir", diz Rodolpho. Mesa Os outros cargos da mesa diretora foram preenchidos da seguinte forma: Milton Leite (PMDB, vice-presidência), Vicente Viscome (PPB, segunda vice-presidência), Toninho Paiva (PL, segunda secretaria), Antônio Goulart (PMDB, primeira suplência) e Carlos Neder (PT, segunda suplência). O presidente Rodolpho disse que a sua gestão vai se caracterizar pela "independência e harmonia" com o executivo. Ele disse que suas metas são terminar a reforma do plenário (paralisada desde maio de 95) e informatizar o prédio. Texto Anterior: Prefeita nomeia o ex-prefeito Próximo Texto: Presidente pode alterar votação Índice |
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