São Paulo, quinta-feira, 2 de janeiro de 1997 |
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Povo nômade é ameaça para o rali Dacar
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS A 19ª edição do rali Dacar, pela primeira vez disputado inteiramente no continente africano, terá como principal desafio sair ilesa dos conflitos territoriais locais.A competição, que cumprirá mais de 8.500 quilômetros em 15 dias, começa no próximo sábado, em Dacar (Senegal), vai até Agadez (Níger) e volta a Dacar, onde acontece a chegada, no dia 19. A tradicional largada européia (em Paris, e, nos últimos anos, em Granada, na Espanha) foi deixada de lado para evitar zonas de conflito. O rali, dessa forma, foi limitado a apenas quatro países -Senegal, Mali, Níger e Mauritânia. O fim da rebelião tuaregue, povo nômade do deserto que reclama regiões autônomas ao norte do Mali e de Níger, não afasta o perigo de que a caravana de competidores sofra ataques isolados. "Temos certeza de que nenhum grupo organizado atacará", afirma Roger Kalnovich, da organização do rali, que se reuniu durante meses com as autoridades locais e os grupos tuaregues. Mas ele reconhece ser impossível saber se rebeldes isolados ou que não respondam a qualquer facção conhecida atenderão à trégua. Em Níger, inclusive, um representante do rali, que havia sido enviado para negociar com os rebeldes, voltou a pé após seu carro ser roubado no caminho. Hubert Ariol, diretor da prova, prefere falar das vantagens do rali. "Todos esperam com ansiedade o retorno do Dacar, que servirá de trampolim para fazer o turismo voltar a funcionar na região." Ariol se refere ao esforço dos organizadores para devolver Agadez ao percurso. A cidade, conhecida como capital dos tuaregues, foi descanso da caravana de pilotos nos primeiros anos do rali. O Dacar deverá responder se a paz voltou mesmo à região após cinco anos de guerra. Texto Anterior: WQS 97; Longboard; Açaí Próximo Texto: Time brasileiro estréia na categoria carros Índice |
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