São Paulo, quinta-feira, 2 de janeiro de 1997
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Diretor usa a mesma equipe

MAURICIO STYCER
DA REPORTAGEM LOCAL

Gregório de Mattos pode se considerar um cineasta pornô singular, diferente de seus colegas, mas, na prática, não é bem assim. Ele adota procedimentos semelhantes aos utilizados pela maioria dos diretores de filmes pornográficos.
Para economizar recursos, por exemplo, Gregório aproveita uma mesma equipe de atores e uma mesma locação para fazer dois ou três filmes de uma só vez.
Também por economia, capas de dois diferentes vídeos utilizam fotos idênticas de suas atrizes -imagens montadas, por sinal, e que não constam dos filmes.
"Em dois ou três dias dá para filmar legal. Em um mês, você deixa um filme pronto", diz.
Próximas fitas
Entre os seus vídeos já gravados, mas não editados, Gregório destaca "A Virgem de Copacabana", no qual vai contar a história de uma mulher virgem e desinformada, que acaba ganhando a vida como prostituta pelas ruas do mais famoso bairro carioca.
Em outro vídeo já gravado, "Swing, o Jogo do Prazer", Gregório mostra uma feira livre e explora as possibilidades sugeridas pelas frutas e legumes à venda no local.
Star Trek e igreja
Pergunte a Gregório de Mattos quais são os seus próximos projetos, e ele vai citar, de cabeça, uma meia dúzia de idéias.
A mais curiosa se intitula "A Mulher do Padre", onde o cineasta quer "trabalhar alguns dogmas da igreja". Adivinhe quais: "Apoio o movimento dos padres casados em gênero, número e grau".
Ainda em dúvida se fará este filme, Gregório se prepara para filmar "Sexo nas Estrelas", uma paródia ao seriado "Jornada nas Estrelas".
Neste pornô, uma nave no espaço descobre um planeta só habitado por mulheres e se dedica a salvá-lo. Não pergunte como. "Com seu sêmen", se apressa a explicar o cineasta.
(MSy)

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