São Paulo, segunda-feira, 6 de janeiro de 1997 |
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Laser salva os arrependidos
SILVIA RUIZ
"Tenho pacientes que fizeram a tatuagem na sexta-feira e, na terça seguinte, me procuraram para retirá-la", diz o dermatologista Mário Grinblat, do hospital Albert Einstein. Segundo ele, 1.200 pessoas se livraram de suas tatuagens no hospital desde 1993. Pelo sistema, a tatuagem é eliminada com aplicações de raio laser, que quebra a tinta depositada nas camadas internas da pele. As aplicações, que podem ser feitas em qualquer local do corpo, causam um certo ardor. Em alguns casos, uma pomada anestésica pode amenizar o problema. "Dói um pouco mais do que para fazer", diz Cláudio Capell, 21, que deu fim a um dragão em seu braço direito. Segundo Grinblat, o método não deixa cicatrizes. "A área onde estava o desenho fica um pouco mais clara do que o resto da pele, mas isso some em alguns meses." No Albert Einstein cada sessão custa entre R$ 370 a R$ 990. O número de sessões necessárias para retirar totalmente uma tatuagem varia conforme o tipo de tinta e as cores usadas no desenho. Vermelho e amarelo são as cores mais difíceis de tirar. Preto e azul-marinho, as mais fáceis. É preciso passar por uma consulta médica (mais R$ 119) para se ter uma idéia da extensão do tratamento. "Retirar tatuagens amadoras, feitas à mão, pode exigir de uma a seis sessões", diz Grinblat. Quem se enjoou do desenho, mas não quer tirar a tatuagem, pode apelar para uma "reforma". "É possível fazer outro desenho, por cima do que já existe", garante o tatuador Sérgio Maciel. (SR) Texto Anterior: Tatuagens dão as caras no verão Próximo Texto: Estilos identificam as tribos dos tatuados Índice |
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