São Paulo, segunda-feira, 6 de janeiro de 1997 |
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Artes fazem do Harlem a capital dos negros dos EUA Bairro nova-iorquino mistura influências européia e africana ANA MARIA GUARIGLIA
O bairro se estende entre as ruas 96 e 170, em Manhattan. A rua 125 é o seu coração. Em dois ou três dias, você pode conhecer o bairro e descobrir detalhes fascinantes de sua história. O nome vem do holandês Nieuw Haarlem, derivado de Haarlem, cidade dos Países Baixos. Século 20 Entre 1906 e 1910, os moradores negros foram expulsos da área ocupada hoje pela Penn Station e pelo Lincoln Center e se dirigiram para o Harlem. Apesar de ser um bairro marcado pelas questões raciais, o Harlem foi berço de personagens proeminentes na música, na literatura e no cinema: o escritor James Baldwin, os atores Harry Belafonte, Sidney Poitier e Sammy Davis Jr., as cantoras Ella Fitzgerald e Dinah Washington, os músicos Duke Ellington e Scott Joplin e o líder político Malcolm X. No Raven Chaticleer African American Wax Museum of Harlem (rua 115 Oeste) estão reproduções em cera de várias figuras históricas norte-americanas. A Adam Clayton Powell Jr. Gallery (rua 125 Oeste) tem fotos, pinturas e esculturas de artistas locais. O bairro guarda ainda uma importante atividade cultural, comprovada pelo grande número de teatros, museus e igrejas. Entre elas, a Abyssinian Baptist Church (rua 138 Oeste). A universidade e os museus A Universidade Columbia é uma parada obrigatória. Seus prédios são marcos históricos. Como a biblioteca Low, fundada por Set Low, com sua vasta coleção de livros e revistas, ou a Casa Italiana, construída em 1926 em estilo renascentista. Fora da universidade, a American Numismatic Society (Broadway na altura da rua 155) contém uma grande coleção de moedas, medalhas e notas, além de uma importante biblioteca. Já a igreja de Nossa Senhora de Lourdes (rua 142 Oeste) foi edificada com peças do século 19. Sua fachada gótica pertenceu à Academia Nacional de Desenho. LEIA MAIS sobre o Harlem nas págs. 6-9 a 6-11 Texto Anterior: Sol se põe ao ritmo do 'Bolero', de Ravel Próximo Texto: Agressividade permanece latente Índice |
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