São Paulo, terça-feira, 7 de janeiro de 1997
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Química foi considerada muito difícil

AUGUSTO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

O nível da prova de química foi muito difícil, segundo o coordenador do curso Objetivo, Antonio Mario Salles.
"Novamente química vai disputar o primeiro lugar em dificuldade. No ano passado, só perdeu para matemática", diz.
Ele ressalta que 50% da prova tratava de físico-química. "Quando esse assunto predomina, o exame não costuma ser fácil." Havia ainda química geral (25%) e orgânica (25%).
Salles diz que a questão 1 comporta diversas respostas. Ela pede para o candidato identificar três compostos nas reações químicas fornecidas. "Vários compostos satisfazem as condições."
Na questão 3, os dados da tabela de experimentos não estavam corretos. "Uma reação deveria terminar antes da outra, e não ao mesmo tempo", diz.
O professor diz que não é caso para anulação. "A banca vai considerar o que o aluno escrever."
Já a prova de história foi considerada "dentro dos limites esperados" pelo professor Hernani Maia Costa, também do Objetivo.
"Não há obstáculo maior. É uma prova clara que aborda o programa como um todo", afirma.
Ele apenas faz ressalvas em duas questões. A 9 que trata da Era Vargas dá margem a várias interpretações, segundo Maia.
Para ele a resposta vai depender de vários fatores, entre eles o órgão de imprensa que o vestibulando utilizou para se informar durante o ano.
"É um tema polêmico. Se o candidato é petista vai responder de um jeito, se é governista, de outro", diz Maia.
Na questão 10, baseada em um trecho do livro "Era dos Extremos" (Eric Hobsbawn) sobre o campesinato, há espaço para o aluno discutir sobre vários assuntos. "Deixa uma abertura muito grande", diz o professor.
O aluno pode comentar tanto sobre a urbanização e a relação capitalista como fatores de destruição do pequeno trabalhador rural quanto sobre as revoluções camponesas.
Ele não condena esse tipo de questão opinativa, mas estranha que tenha caído em uma prova da Fuvest. "Geralmente, eles não entram em temas polêmicos."

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