São Paulo, terça-feira, 7 de janeiro de 1997 |
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Procurador-geral pede investigação
CARLOS EDUARDO ALVES
A posição de Marrey deve resultar em inquéritos civil e policial. "O noticiário sobre o caso parece fundamentado, e o Ministério Público não pode ficar inerte se o dinheiro público estiver sendo aplicado em finalidade alheia à lei", disse Marrey. Vaccarezza é médico concursado da prefeitura paulistana. Durante nove meses do ano passado, foi comissionado no gabinete da presidência da Câmara Municipal de São Paulo, à época ocupada pelo vereador malufista Brasil Vita (PPB). Não comparecia ao gabinete, mas assinava o livro de ponto, providência indispensável para receber o salário. Impasse A crise deflagrada com a revelação do emprego "fantasma" de Vaccarezza paralisou o PT. A falta de consenso entre a ala que pede a demissão de Vaccarezza e o setor que o defende impediu a realização da reunião programada para decidir o assunto. No lugar da reunião, o presidente do partido, José Dirceu, passou o dia inteiro tentando negociar uma solução. Dirceu, Vaccarezza e os principais dirigentes do partido fugiram da imprensa. No início da noite, Dirceu divulgou nota em que atribui o noticiário sobre o emprego "fantasma" de Vaccarezza a uma "campanha de execração pública orquestrada contra ele (Vaccarezza) e o PT". Dirceu se recusou a comentar a decisão do Ministério Público de investigar o caso dos "fantasmas" petistas. O presidente do PT disse ainda, na nota enviada à imprensa, que continuará as consultas no PT para "construir uma proposta de comum acordo" a ser levada à reunião da Executiva do partido, marcada para o dia 20 deste mês. Vaccarezza, segundo a nota de Dirceu, teria prometido pedir licença não-remunerada à prefeitura. Atualmente, ele está comissionado no gabinete do vereador petista Arselino Tatto. Nos bastidores, membros da direção do PT tentam convencer Vaccarezza a renunciar. A aposta do secretário é que o caso vai "esfriar". Texto Anterior: Líderes vão definir hoje o destino de obras suspeitas Próximo Texto: Jornalistas da Folha depõem sobre esquema de venda de concessões Índice |
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