São Paulo, terça-feira, 7 de janeiro de 1997 |
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Prefeitos bloqueiam turismo de um dia FAUSTO SIQUEIRA FAUSTO SIQUEIRA; FABIO SCHIVARTCHE
FABIO SCHIVARTCHE Os novos prefeitos da região metropolitana da Baixada Santista lançaram uma ofensiva para bloquear a entrada nas cidades dos ônibus dos turistas de um dia -comumente chamados de "farofeiros". A Prefeitura de Santos estipulou ontem uma taxa de 2.500 Ufirs (R$ 2.277) por ônibus que queira entrar no município. A cobrança da taxa entra em vigor no próximo final de semana e vale também para vans e peruas Kombi. Podem entrar na cidade, mediante o pagamento da taxa, 40 ônibus por dia. Em Bertioga, a prefeitura quer repetir a operação realizada no último final de semana e barrar nos trevos das estradas que dão acesso à cidade os ônibus de turistas que não tenham documentação comprovando a estadia dos veranistas nos hotéis da região. A estratégia de ação será planejada pela prefeitura e contará com o apoio da PM, segundo o prefeito Luiz Carlos Rachid (PSD), 45. O município está em estado de calamidade pública desde o dia 3 de janeiro, pois não suportou a demanda de turistas -cerca de 300 mil (leia texto nesta página). "Enquanto permanecer esta situação, vamos recomendar que esses ônibus não venham a Bertioga para não agravar os problemas", disse. As barreiras serão montadas na avenida 19 de Maio (na entrada da Rio-Santos) e no trevo da Mogi-Bertioga. No entanto, o prefeito não definiu critérios rigorosos para selecionar os ônibus que terão acesso liberado. "Dependo da confiança e boa fé das pessoas para mostrar a reserva dos hotéis", afirmou Rachid. Em Itanhaém, o prefeito João Viúdes Carrasco (PMDB) obteve ontem a aprovação pela Câmara de uma lei que disciplina o turismo de um dia e estabelece uma taxa para os ônibus, fixada em R$ 1.800. Segundo ele, o objetivo é mesmo coibir esse tipo de turismo. "Eles (os excursionistas) fazem sujeira, faltam com o respeito e tiram o sossego público", disse o prefeito. Para o secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Ely Carvalho, a medida foi adotada em Santos para que a cidade não se tornasse a única da região a receber excursionistas, já que há restrições em todos os demais municípios. Guarujá No Guarujá, não há cobrança de taxa. A entrada na cidade é condicionada à apresentação de comprovante de reserva em hotel. Sem reserva, não entra. A medida foi adotada depois que o novo prefeito, Maurici Mariano (PTB), desativou o Terminal Turístico do Perequê, na semana passada. Texto Anterior: Bertioga pede verba contra calamidade Próximo Texto: Operação de limpeza é adiada para sexta Índice |
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