São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997 |
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Pepebistas prometem questionar convocação
DA REPORTAGEM LOCAL O senador Esperidião Amin, presidente nacional do PPB, disse ontem em São Paulo que seu partido considera "indevida" a convocação extraordinária do Congresso Nacional para a votação da emenda da reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso.Amin disse que o PPB, por intermédio de seus líderes, vai questionar "um ato que formalmente parece inconstitucional". Ele estava se referindo ao fato de ter havido duas convocações para o mesmo período. Uma assinada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e outra pelos presidentes da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Amin visitou ontem o ex-prefeito Paulo Maluf, que, recuperando-se da operação na próstata, havia deixado o hospital pela manhã. Acompanhado do deputado pepebista Delfim Netto, Amin chegou à casa de Maluf trazendo dois presentes para o presidente de honra do PPB: uma caixa de chicletes árabes e o livro "A arte da sabedoria mundana", do padre jesuíta Baltasar Gracian. Despesas Amin disse que parte das despesas decorrentes da convocação extraordinária feita pelo presidente já foi realizada. Nesse ponto foi corrigido por Maluf, que insistiu: "Depositadas em conta corrente". Amin disse que não poderia antecipar a forma de questionamento da convocação. "De acordo com o encaminhamento das mesas da Câmara e do Senado, vamos ver qual será a consequência, mas me parece que a primeira convocação, que foi a do presidente, é a convocação que está valendo. Não pode haver duas convocações". O deputado Delfim Netto afirmou que a emenda da reeleição não é do interesse nacional. Ele disse que a reeleição deveria fazer parte de uma reforma política. "Deveríamos ter construído alguns instrumentos para dar para a sociedade a garantia de que não haverá abuso de poder econômico. Da forma como está sendo proposta, a emenda da reeleição vai restabelecer no Brasil uma espécie de caudilhismo, de compadrio, que vai terminar muito mal". Texto Anterior: Convocação vira debate gramatical Próximo Texto: Grupo tenta adiar votação Índice |
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