São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Senado pode aprovar linha de crédito de US$ 1 bi para Estados

Verba será destinada a melhorar controle interno

FERNANDO GODINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo vai aproveitar a convocação extraordinária do Congresso para tentar aprovar, no Senado, um empréstimo de US$ 1 bilhão aos Estados que participam dos programas de renegociação de dívidas do Ministério da Fazenda.
Metade do dinheiro viria de financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). A União completaria o restante, segundo mensagem presidencial enviada à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado.
Até agora, nove Estados protocolaram junto à Fazenda acordos de renegociação das suas dívidas, totalizando cerca de R$ 47 bilhões.
São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Maranhão, Pernambuco, Sergipe, Piauí e Mato Grosso do Sul já têm autorização do Senado para contratar operações de crédito que viabilizem o seu saneamento.
Os recursos têm destinação específica. Devem ser usados para aperfeiçoar os mecanismos de auditoria e de controle interno dos Estados, assim como os procedimentos de arrecadação e fiscalização tributária. Também podem ser usados para efetivar licitações de bens, obras e serviços.
Os juros do empréstimo do BID ainda foram definidos. Eles terão que ser pagos semestralmente, a partir de junho. Os desembolsos acontecerão por quatro anos, a partir da assinatura dos contratos. Os Estados terão seis meses de carência para pagar a partir do desembolso da última parcela.
O aval para o empréstimo é considerado prioritário pela liderança do governo no Senado. Como se trata de operação de internacional, não precisa ser apreciada pela Câmara.

Texto Anterior: Vaccarezza tenta licença sem vencimento para abafar crise
Próximo Texto: Jungmann não negociará com invasores
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.