São Paulo, quinta-feira, 9 de janeiro de 1997
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Minas se mobiliza para evitar epidemias

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Após as enchentes e destruição provocadas pelas chuvas, a principal preocupação da Secretaria da Saúde de Minas Gerais é evitar as epidemias.
Campanhas em rádio e TV estão sendo feitas para evitar que as populações atingidas saibam como prevenir a leptospirose (infecção causada pela urina de rato) e hepatite, doenças mais comuns nesses casos de inundações.
A Secretaria da Saúde também está distribuindo material informativo para limpeza de casas atingidas pelas águas de córregos e rios, preparação de verduras e legumes e os cuidados com as frutas.
Frascos de hipoclorito de sódio para desinfetar alimentos estão sendo distribuídos à população das 183 cidades atingidas.
No ano passado, Minas não registrou nenhum caso de leptospirose, mas o Rio, que sofreu enchentes em fevereiro, registrou epidemia da doença, com pelo menos dez mortes e mais de 600 casos.
A leptospirose é transmitida pelo contato da água contaminada com urina de rato com a pele. O tempo de incubação varia de seis horas a 26 dias, e a mortalidade, em condições normais, é de 15%.
Quando há epidemia, o índice diminui, pois as pessoas ficam mais atentas aos sintomas, e o diagnóstico precoce é um dos melhores meios de combate à doença, que, em casos graves, atinge os rins e os pulmões.
Mais dois mortos
A Cedec (Coordenadoria de Defesa Civil) registrou mais duas mortes na noite de anteontem e madrugada de ontem, elevando para 78 o número de vítimas fatais das enchentes.
Um delas é Geraldo Morais de Andrade, 37, que morreu afogado em Brumadinho, na região metropolitana. A outra morte foi em Lagoa Santa.
Estão desabrigadas 43.622 pessoas. Outras 1.512 continuam ilhadas em função das enchentes ou por queda de pontes.
Apesar do sol de ontem, muitas cidades continuam alagadas, principalmente no Vale do Rio Doce. Uma nova frente pode causar mais chuvas no fim-de-semana.

LEIA MAIS sobre as enchentes nas págs. 2 e 3

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