São Paulo, quinta-feira, 9 de janeiro de 1997
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"Tap Dogs" traz sapateado australiano ao mercado de vídeo

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

No recesso de janeiro, quando a programação de espetáculos de dança oferece quase nada, sobram as fitas de vídeo, cujos títulos sobre o assunto raramente são distribuídos no Brasil. Entre as exceções esporádicas, há "Tap Dogs", que a Warner acaba de colocar à venda.
Para quem gosta de sapateado, "Tap Dogs" é um prato cheio. O título, além de denominar o espetáculo, também identifica um elenco masculino australiano que vem fazendo sucesso no circuito internacional.
Seu show mais recente foi registrado em vídeo durante uma apresentação no Lyric Theatre de Londres. A coreografia é de Dein Perry, que estruturou "Tap Dogs" como um concerto de rock.
Muitas léguas distante da delicadeza de Fred Astaire, os seis rapazes de "Tap Dogs" são marmanjos cheios de músculos, que fazem do sapateado um show acrobático.
Tecnicamente, suas performances são espetaculares. Num palco rústico, o grupo procura surpreender com uma sucessão de cenas em que os apoios nem sempre se reduzem ao chão.
No frenesi percussivo que realiza com os pés, o elenco sapateia enquanto desce escadas de degraus cilíndricos, durante um bate-bola ou num intervalo de xixi.
Em busca de diferentes apoios, um dos rapazes chega a sapatear de cabeça para baixo, em posição dependurada, percutindo os pés no teto do cenário.
Sem pretensões, "Tap Dogs" é entretenimento puro. Em clima de comédia musical, dá uma roupagem moderna à arte do sapateado, que possui raízes nos ritos tribais africanos e nas danças irlandesas de tamancos.
(AFP)

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