São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 1997 |
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Arrows usa a 'amizade' como trunfo Hill e Diniz trocam experiências FÁBIO SEIXAS
Com uma estrutura nova, que vai desde o time de mecânicos até a direção técnica, a escuderia se apóia na troca de experiências entre Damon Hill e Pedro Paulo Diniz para colher resultados. Ontem, a equipe apresentou em Birminghan (Inglaterra) seu carro para este ano. Pintado de branco, azul e vermelho e equipado com motor Yamaha e pneus Bridgestone, o novo Arrows nasce com um objetivo: vencer corridas em 97. Pelo menos é a promessa de Tom Walkinshaw, que detém, desde 96, o controle acionário da escuderia. Os testes devem começar no dia 14, em Silverstone. Até a abertura da temporada, em março, serão cerca de 15 dias de treinos. "Tempo bom, mas não o suficiente", segundo o projetista Frank Dernie. Para compensar a pouca quilometragem do carro, tanto Hill quanto Diniz dizem que vão trabalhar juntos no seu desenvolvimento, trocando idéias e impressões. "É bom ter o Pedro como colega. Quanto eu tinha a idade dele (26 anos), estava longe da F-1", disse Hill, 36, campeão mundial. O inglês, inclusive, convidou Diniz para jantar com sua família. "Jantamos juntos, e achei que ele se mostrou bastante positivo e esperançoso", afirmou o brasileiro. * Folha - Qual é a importância, para a equipe, dessa sua nova amizade com Damon Hill? Diniz - Ainda não chegamos a trabalhar juntos, mas já temos conversado. Esse relacionamento vai ser bom para que possamos desenvolver o carro mais rápido. Folha - Qual é a comparação que você faz entre os testes da Arrows e os das outras equipes? Diniz - Vamos ter uns 15 dias para testar. É mais ou menos o que as outras equipes terão, mas já é um tempo muito superior aos que eu tive nos anos anteriores. Folha - É possível fazer alguma previsão sobre em que posição você estará no final da temporada? Diniz - Ainda é difícil falar nisso. A previsão é que vamos ter um carro competitivo. Folha - Como explica você essa confiança na equipe? Diniz - O Frank Dernie (projetista) ficou um ano trabalhando nele. Os problemas com o motor foram identificados. Além disso, vamos usar pneus Bridgestone. Folha - Estando em uma equipe média, você acha que começarão as comparações com Senna, como aconteceu com o Barrichello? Diniz - Não. Não dá para comparar. O sucessor do Senna vai surgir naturalmente. Folha - Qual é seu sonho para 97? Diniz - Vencer uma corrida. Folha - Onde? Diniz - No Brasil. O jornalista Fábio Seixas viaja a convite da Philip Morris e da Parmalat Texto Anterior: Corinthians quita atrasados para evitar crise com jogadores Próximo Texto: Negociação de italiano põe Marques na Minardi Índice |
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