São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 1997
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Explosões ferem 13 em Tel Aviv

Polícia suspeita de árabes

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A explosão de duas bombas colocadas em latas de lixo em uma parte desativada da rodoviária de Tel Aviv feriu pelo menos 13 pessoas na noite de ontem.
Segundo o chefe de polícia de Israel, Assaf Hefetz, há indicações de que as explosões, na região sul da cidade, sejam obra de terroristas árabes. Ninguém assumiu sua autoria do atentado.
Grupos radicais árabes prometeram vingança depois de um soldado israelense ter baleado sete palestinos em Hebron, na semana passada.
Dez feridos foram levados para o hospital Ichilov, de Tel Aviv. Um serviço de resgate levou outros três feridos para um outro hospital. Fontes policiais disseram que dois dos feridos estavam em estado grave, mas a informação não foi confirmada oficialmente.
O ministro da Polícia, Avignor Kahalani, disse acreditar que a explosão foi arquitetada por terroristas árabes.
Aparentemente, as bombas, de fabricação artesanal, foram colocadas em latas de lixo separadas por uma distância de cerca de dez metros, perto de um cinema que exibe filmes eróticos.
A primeira bomba foi detonada às 20h25 (16h25 no Brasil).
"Foi uma explosão tremenda. Um vendedor ficou ferido. A polícia chegou cinco minutos depois. Enquanto eles estavam checando, outra bomba explodiu", disse uma testemunha à Rádio do Exército de Israel.
A explosão ocorreu em uma área decadente da cidade. No local funcionam lojas populares e barracas que vendem frutas e verduras.
Acredita-se que o número de vítimas seria muito maior se as detonações tivessem ocorrido durante o dia, quando há mais movimento.
Onda de ataques
O último atentado terrorista em Tel Aviv ocorreu em 4 de março do ano passado.
Um terrorista do grupo Jihad (Guerra Santa) Islâmica detonou explosivos que trazia atados ao seu corpo, no centro comercial da cidade. O atentado deixou 14 pessoas mortas.
Uma série de ataques assumidos por radicais palestinos deixou 59 pessoas mortas em fevereiro e março do ano passado em Israel.
O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que tudo indica que as explosões foram um ataque terrorista. Ele visitou feridos.
"Se ficar claro que os terroristas que praticaram este ataque vieram de uma área palestina, vamos responder com rigidez extrema", disse Netanyahu.

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