São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997
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Terceirização é boa alternativa

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Comum em edifícios comerciais, a terceirização de funcionários é hoje uma opção viável também para os prédios residenciais.
Além de cuidarem da tarefa fiscal e jurídica, as administradoras também se responsabilizam pela mão-de-obra, às vezes associadas a empresas especializadas.
Mas todo cuidado é pouco na hora de escolher essa empresa, já que alguns problemas podem aparecer. Um deles é o relacionamento com os funcionários.
"O porteiro nunca vai responder ao síndico, mas sim ao seu patrão", afirma José Roberto Graiche, presidente da Aabic.
É importante checar se a empresa treina seus funcionários e se tem estrutura para substituí-lo caso aconteça algum problema.
"Um fiscal nosso visita os prédios diariamente e conversa com os síndicos para checar como está o serviço. Se houver problema, é solucionado rapidamente", garante Maurice Braunstein, gerente da Garantia Real.
Mas muitos problemas de um condomínio não podem ser atribuídos aos funcionários.
Para André de Pauli, gerente do Grupo Standard, os atritos com porteiros, por exemplo, são criados, muitas vezes, pelos próprios moradores do edifício.
"O funcionário está treinado para seguir as leis que os próprios condôminos criaram e não estão acostumados a seguir", diz.
Custo
Para quem optar pela terceirização, o custo é o maior empecilho. Para Pauli, no entanto, compensa pela tranquilidade que proporciona aos moradores.
"Uma portaria funcionando 24 horas, num total de 720 horas trabalhadas no mês, custa R$ 3.600. Já para contratar um zelador, com 44 horas de trabalho semanais, o gasto será de R$ 2.500", diz.
As vantagens são as equipes de plantão, sempre prontas a substituir os "faltosos", além da despreocupação com os benefícios dos funcionários. Todos recebem assistência médica, seguro de vida e vão trabalhar uniformizados.
No Condomínio Sumaré Oeste, que tem a portaria 24 horas e uma funcionária da limpeza terceirizada, o gasto é de R$ 3.000 por mês.
"O custo do condomínio não aumentou com a terceirização, e agora me preocupo só com o bem-estar dos moradores e com a manutenção do patrimônio do edifício", diz o síndico Antônio Augusto Oliveira.

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