São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997
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Horas a fio

SUZANA CAMARÁ

Tapetes tribais marroquinos revelam segredos, cores e formas da alma feminina
Prestes a desbancar não só os persas como os de sisal, os tapetes marroquinos ganham chão nos lares joviais da cidade. Seus materiais, cores e desenhos, além de emprestarem elegância a qualquer canto doméstico, escondem prazeres e frustrações das histórias íntimas de suas tecelãs.

Bordados em palha de tamareira com lãs coloridas, os tapetes Ber-ber guardam histórias de mil e uma noites. Feitos pelas mulheres das tribos nômades Ber-ber como presente periódico para suas mães, cada um deles esconde um relato cifrado sobre a vida matrimonial de sua tecelã. Enquanto o exemplar de 2,60 m X 1,80 m à esq. (R$ 615 na L'Oeil), repleto de pontos coloridíssimos, revela uma vida a dois saborosa e divertida, o de 1,72 m X 1,10 m à dir. (R$ 385 na L'Oeil), salpicado com poucos nós, não esconde a rotina monótona e monocromática de sua autora

Conhecidos como tapetes de Rabat (capital do Marrocos), exemplares como o da foto ao lado -com 2,32 m X 1,60 m e à venda por R$ 1.270 na Artantique- também são tecidos exclusivamente por mulheres, sempre em teares manuais e com lãs cruas. Os desenhos geométricos de suas bordas, em tons mais escuros, guardam historinhas íntimas da moça que o confecciona

ONDE ENCONTRAR. Artantique: r. Dr. Mello Alves, 764, Jardins, tel. 280-7381. L'Oeil: pça. Benedito Calixto, 182, Pinheiros, zona oeste, tel. 280-6787.

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