São Paulo, segunda-feira, 13 de janeiro de 1997
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'Barbeiragem' gerou derrota

FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A articulação política do governo cometeu ontem uma barbeiragem na convenção do PMDB: chegou a acreditar que o deputado Paes de Andrade era confiável para encaminhar os trabalhos.
Na madrugada de ontem, por volta de 1h, os governadores do PMDB terminaram uma reunião com Paes. Acertaram que não seria votada a moção propondo o adiamento da votação da reeleição.
"Não sabia de acordo nenhum. A moção foi encaminhada. Eu disse que votaria quando tivesse quórum. E votei", disse Barbieri.
Enquanto isso, governadores e articuladores do governo estavam fora do plenário. Também não estava presente o ministro articulador de FHC, Luiz Carlos Santos, deputado pelo PMDB paulista.
Depois de aprovada a moção, surgiu no plenário a informação de que o ministro das Comunicações, Sérgio Motta, teria ligado para o celular de Barbieri, xingando o deputado pela manobra.
"Que nada, eu sou amigo do Sérgio Motta", desconversou Barbieri. O quercista só não poupou críticas ao governador do Rio Grande do Sul, Antônio Britto.
"Um companheiro me disse que ele me chamou de moleque. Moleque é o Britto, que veio a Brasília e não teve coragem de participar da convenção do PMDB. Se ele é homem, tem que sair do PMDB e procurar outro partido", disse.

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